sexta-feira, 31 de maio de 2013

O Código de Ética Jornalística (Que serve de norma aos jornalistas do Sigma)



 Lido por Plínio Salgado no Congresso Nacional de Imprensa de Belo Horizonte, em 1936.

I - Não escrevas sem conheceres o assunto de que tratas.

II - Faze do jornal um órgão ativo de educação e creação, e jamais um órgão passivo, escravizado ás massas.

III - Respeita o teu leitor; ele confia na tua informação; sê verdadeiro e justo.

IV - O século 19 foi o século do jornal disponível, a praça publica onde se erguiam as vozes de todas as opiniões; mas este século cheio de angustias, é o século do jornal doutrinário, porque o povo quer se orientar.

V - Uma grande manchete escandalosa pode render mais alguns nikeis no balcão, mas isto pode custar o preço da dignidade de um jornal.

VI - Pensa três dias antes de publicares um ataque pessoal; ao fim de três dias. mesmo quando, esse ataque for considerado justo, substitui, se puderes, esse artigo por uma pagina doutrinaria.

VII- Risca do teu dicionário toda palavra caluniosa, injuriosa, imoral, grosseira; é uma questão de higiene e de decência, de nobreza e de estética.

VIII - Eleva-te; verás melhor e todos te verão melhor.

IX - Quando tratares de fatos concretos pergunta: tenho as provas?

X - Sempre que tratares de u ma questão técnico-especializada, em que não sejas profundo, não te entregues ao critério de um único especialista; muitos jornais honestos adquiriram injusta fama de venalidade, porque seus diretores não tiveram essa precaução.

XI - Cuidado com os amigos, mais do que com os inimigos; estes já os conheces, mas aqueles podem, até mesmo de boa fé, servir a interesses desconhecidos ou inconfessáveis
.
XII - Defende e prestigia a tua classe; sê solidário com os teus colegas; e ao teu próprio adversário, se ele é digno, rende lhe as homenagens nos limites da tua dignidade, socorre-o nos momentos que se tornar necessário o teu concurso.

XIII - Não disfarces com a neutralidade da matéria paga qualquer publicação que contrarie a orientação do teu jornal.

XIV - Lembra-te de que o teu jornal tem ingresso nas casas das famílias brasileiras; evita tudo que puder ofender a dignidade de olhos e ouvidos cristãos.

XV - Não acredites que a mentira possa prestar serviços á tua causa; a verdade pode não conseguir as primeiras vitorias, porém a ultima sempre lhe pertence.

XVI - É uma injuria ao povo e um grande erro dizer que um jornal precisa descer de nível para que o público, o compreenda; crê nas poderosas intuições do povo e estimula nele a consciência do seu valor em vez de deprimi-la.

XVII - Evita a exploração do sensacionalismo; além de constituir um comercio da desgraça alheia, é um incentivo pernicioso aos espíritos fracos.

XVIII - Realiza a independência financeira do teu jornal; a imoralidade da redação procede sempre da penúria da gerencia.

XIX - Defende a liberdade da imprensa, mas não confundas liberdade com direito de calúnia, de mentira e de venalidade.

XX - Escreve como se escrevesses com o teu próprio sangue, á luz de tua própria alma.

XXI - Quando sentares á tua mesa para escreveres aos teus concidadãos, lembra-te que toda a tua dignidade profissional decorre de estares em função de superiores interesses nacionais.

Retirado do site: http://www.integralismo.org.br/?cont=894&ox=17

terça-feira, 28 de maio de 2013

Código de Ética do Parlamentar*




I – Aprofundai-vos no estudo dos problemas brasileiros e trazei às Comissões de que façais parte e ao Plenário as vossas conclusões, expondo-as em alto nível de cultura e clareza didática.


II – Examinai a situação social, econômica, moral e política das nações, no mundo contemporâneo e, em se tratando das posições que deve adotar no complexo da vida internacional, procurai a que mais convier aos interesses da defesa e da segurança brasileiras e das instituições democráticas vigentes em nosso País.


III – Combatei todos os agentes da corrupção que através dos meios de comunicação (livros, imprensa, teatro, cinema, televisão e rádio) procuram decompor as bases tradicionais da nacionalidade.


IV – Elevai vossos debates acima das competições pessoais, de ódios ou ressentimentos, de paixões ou de simples demagogia, porque, se assim procederdes, sereis respeitados pelos vossos pares e por toda a Nação.


V – Nas vossas relações com o Poder Executivo, procedei a conversações das quais resultem conversas prévias ao Legislativo – através das Lideranças dos Partidos – afim de que as mensagens, projetos e decretos da Presidência da República sejam conhecidos antes de serem enviados ao Congresso e desde hajam recebido, antecipadamente, a aprovação, ressalvas e opiniões, numa colaboração íntima e sincera que colocará o Poder Político acima do arbítrio de técnicos e teóricos alheios às realidades nacionais.


VI – Não sois apenas legisladores, mas representantes do povo e, nestas condições, promovei os meios de serdes recebidos com maior facilidade pelos órgãos do Poder Executivo, que vos devem prestar homenagem de apreço, para que não sejais menosprezados pelos vossos concidadãos, confiantes em que mereceis do Governo a consideração devida a um parlamentar.


VII – Esforçai-vos para que as Lideranças não contraírem os pareceres das Comissões relativas a projetos, que o Plenário rejeita por imposição de órgãos do Executivo.


VIII – Se fordes oposicionistas, não leveis a vossa oposição ao ponto de contrariar evidentes interesses nacionais contidos em proposições justas, só pelo fato provirem do Poder Executivo, mas procurai cooperar, com emendas esclarecidas e comentários na tribuna, estabelecendo, entre o Executivo e o Legislativo, uma perfeita harmonia.


XI – Fazei de vossa vida parlamentar um prolongamento da vossa vida particular e familiar, pautada por nobre comportamento e dignidade pessoal, lembrando-vos da máxima cristã, quando declara: “quem não é fiel no mínimo não será fiel ao máximo”.


X – No exercício da função parlamentar, fortificai, dia a dia, a consciência de vossa responsabilidade perante Deus e o vosso amor à Pátria. Com sadio otimismo inflamai-vos de entusiasmo pelo que fomos no passado, pelo que representamos no presente, pelo que seremos no futuro. Promovei, dentro e fora do Parlamento, em todas as oportunidades, a mística da Grande Nação e assim dareis alta expressão ao Poder Legislativo, prestigiando-o como sustentáculo da ordem interna, do equilíbrio dos Poderes e da sua projeção entre os povos civilizados.

·        *Redigido e apresentado por Plínio Salgado no momento em que ele se despedia da Câmara dos Deputados, após dezesseis anos nessa casa de Representação do povo brasileiro, em sessão do dia 3 de dezembro de 1974.