quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Código de ética do estudante



I - Faze da tua crença em Deus e nos destinos sobrenaturais do Homem a luz que te guiará no meio da confusão dos desorientados e da corrupção dos costumes. 

II - Toma o Brasil que herdaste dos teus maiores e transmite-o engrandecido e mais belo à geração que te suceder.

III - Imita os heróis da tua Pátria, cultua as tradições da tua gente, confia nas imensas possibilidades do teu povo, fala-lhe transmitindo-lhe o fogo do teu ideal; e, falando ou escrevendo, estudando, ou agindo, crê no futuro do Brasil. 

IV - Sustenta o principio da Família e honra a teus pais. A Família, primeiro grupo natural, é o próprio fundamento da Pátria e o bom filho será forçosamente bom patriota e saberá um dia constituir o seu lar com dignidade cristã e sentimento de responsabilidade histórica. 

V - Sê honesto em tudo o que pensares, disseres ou fizeres. Reflete antes de dares a tua palavra e, se a empenhares, cumpre-a, ainda que isso te custe o maior sacrifício. Evita, pois, prometer o impossível e considera desonroso prometer e não cumprir.

VI - És estudante e deves estudar; és moço e podes divertir-te; lembra-te, entretanto, de que és também brasileiro e deves uma parte do teu tempo aos interesses da tua Pátria. 

VII - Honra o diploma que um dia conquistares, mas não o coloques acima do teu saber.

VIII - Não permitas que o profissional elimine o Homem que vive em ti. 

IX - Nos exames e concursos, nas empresas que empreenderes e nas funções que desempenhares, se não puderes ser o primeiro, procura aos menos ser um dos primeiros. 

X - Jamais coloques as conveniências da tua carreira política, profissional ou social acima da tua trajetória moral e espiritual, em que o vulgo talvez não te perceba, mas em que te elevarás aos olhos de Deus, engrandecendo-te ainda perante a Posterioridade.

XI - Lembra-te sempre de que a verdadeira grandeza está na virtude e não no êxito dos negócios ou da carreira, porque os bens do mundo são inconstantes e podes perdê-los, ao passo que os bens acumulados em ti mesmo à custa de aperfeiçoar-te no saber e na dignidade, nenhuma força conseguirá destruí-los.

XII - Nunca julgues o valor dos homens pelo poder ou pelas honrarias que desfrutam; julga-o, antes, pelo teor do caráter, que se revela na coerência das atitudes, na humilde simplicidade ao colher o lucro da vitória e na calma viril ao sofrer o peso da derrota. 

XIII - A altitude de uma montanha só se avalia do alto de outra montanha; eleva-te, portanto, moralmente, e só assim poderás ter noção exata da grandeza ou da mesquinhez dos homens do teu tempo. 

XIV - Não te impressiones com a riqueza dos ricos e o brilho dos que esplendem em altos postos; impressiona-te, sim, com a sabedoria dos sábios, o heroísmo dos heróis e a santidade dos santos.

XV - Combate todas as normas ditas do direito, originadas pela imposição da força; cultua a verdadeira justiça, que se funda na razão e se inspira nos valores espirituais. Contribuirás, assim, pelo predomínio do moral sobre o material, para que reine a verdadeira paz entre as pessoas e as nacionalidades. 

XVI - Prefere a minoria esclarecida à maioria inconsciente e cega pelas paixões e interesses transitórios. 

XVII - Habitua-te a consultar o mais íntimo da tua consciência, a fim de que te não iludas por alguma voz que te engana falando em lugar dela, nas horas em que te deixas levar pelas paixões ou pelo desejo de desempenhar um bonito papel cortejando a fácil popularidade.

XVIII - Não sejas como os ignaros, que se guiam pelos títulos de jornais escandalosos e dão crédito, sem nenhum exame, ao que está em letra de forma. XIX - Ensina o povo a raciocinar; é esse o meio de o libertar dos tiranos, dos aventureiros, e mistificadores.

 XX - Evita a demagogia balofa, o palavreado sonoro e vazio, a literatura banal, os tropos oratórios sem conteúdo; fala quando tiveres o que dizer e dize-o com sinceridade, porque a força do discurso está na convicção do orador.

XXI - Arranca a juventude da disponibilidade, da inércia, da indiferença que a aviltam faze-te apostolo, dissemina entusiasmo, mobiliza os da tua idade para a obra fascinante da construção nacional. 

XXII - Estuda os problemas nacionais, tendo em vista que não, existem problemas isolados, pois todos se conjugam e devem ser resolvidos em largo plano de realizações.

XXIII - Entre um lugar no governo e um lugar honroso na História, prefere este, do qual ninguém poderá remover-te nem demitir-te, nem aposentar-te. 

XXIV - Sê um homem de pensamento, mas um homem de ação. O pensamento para transformar-se em ação precisa, primeiro, transformar-se em sentimento. Ideia que não é sentida é ideia morta. A ação é forma objetiva de ideias vivas, oriundas de realidades e criadoras de novas realidades. Cultiva o ideal, mas sê realista.

XXV - Procura conhecer a fundo a profissão que abraçares; faze dela um instrumento da tua cooperação na obra da felicidade humana e da prosperidade da Pátria. 

XXVI - Não abdiques nunca a tua personalidade, para vestir a libré de áulico ou beijar as mãos que distribuem empregos ou bons negócios em troca da alma dos beneficiados.

XXVII - Combate o burguês que está dentro de ti. A burguesia não é uma classe, é um estado de espírito. É o conformismo, o comodismo, o interesse vulgar, o prazer mesquinho, a incapacidade de ideal, a demissão dos deveres, a submissão ao cotidiano, o fatalismo inerme, a indiferença criminosa, o abandono a rotina, o egoísmo cego a ostentação ridícula, a descrença e a incapacidade de ação. Liberta-te desse mal do século; será o primeiro passo para a libertação de tua Pátria e da própria Humanidade, hoje oprimida pelos seus próprios vícios. 

XXVIII - Não te consumas em elucubrações estéreis e dúvidas doentias alimentadas por ti mesmo. Entre os negativos e os dubitativos, sê afirmativo.

XXIX - Primeiro, convence-te; depois, convencerás aos outros. 

XXX - Não te faças escravo do último livro que leres.

XXXI - Sê brasileiro; não é difícil; basta que sejas o que és e não o que os estrangeiros e os esnobes, os internacionais e os cosmopolitas querem que sejas. 

XXXII - Pergunta diariamente à tua consciência: que fiz hoje para enriquecer a minha inteligência, para aprimorar as minhas virtudes, para beneficiar os meus semelhantes, para servir a minha Pátria e para agradar a Deus? 

XXXIII - Estuda a História do Brasil, não como um espectador, mas sim como um participante dos acontecimentos por ela revelados; no momento em que a estudas, constituem uma continuidade da narrativa heroica: és a derradeira palavra do Passado e a primeira palavra do Passado e a primeira palavra do Futuro.

XXXIV - Aprimora-te na arte de bem falar e bem escrever a tua língua; um povo que perde a tradição da palavra, acaba perdendo todas as tradições, porque o idioma vernáculo é o veículo da História e o instrumento intelectual da sustentação da personalidade de uma Pátria.

XXXV - Festeja com alegria a ressurreição de um jovem que estava morto e apodrecia no sepulcro da indiferença, do desânimo, da dúvida, ou da insensibilidade, porque nesse momento o Brasil tornou-se mais forte.
XXXVI - Procura primeiro, compreender, para depois te fazeres compreendido; se assim não procederes, em vez de atrair, irritas e longe de conquistar um amigo, arranjarás um inimigo.
XXXVII - Sê cavalheiro na palavra que dizes e no tom em que a proferes; isso não impede de sustentares as tuas convicções e terás mais facilidades em transmiti-las. 

XXXVIII - Não afirmes em detrimento de outrem senão aquilo que tiveres como certo e, assim mesmo, quando isso for necessário para evitar maior mal. Combate a desgraça nacional da calúnia, da injúria e da maledicência, evitando conversas ociosas a respeito de pessoas. Eleva o nível das tuas conversações e imprime aos teus debates uma impecável linha de elegância. 

XXXIX - Confessa o teu erro se te surpreendes errado; não sofismes por vaidade ou mal compreendido amor próprio, a fim de não passares por desonesto ou pouco inteligente.

XL - Se és incapaz de sonhar, nasceste velho; se o teu sonho te impede de agir segundo as realidades, nasceste inútil; se, porém, sabes transformar sonhos em realidades e tocar as realidades que encontras com a luz do teu sonho, então serás grande na tua Pátria e a tua Pátria será grande em ti.

terça-feira, 10 de abril de 2012

Carta de repúdio dos Monarquistas Brasileiros ao Programa produzido pelo Partido da República

É com indignação que os monarquistas brasileiros, representados nas instituições abaixo relacionadas, se viram forçados a assistir à propaganda partidária obrigatória na última quinta-feira 14 de junho. Na referida transmissão, vimos todo um período histórico, um dos mais brilhantes da História Brasileira, ser acintosamente denegrido, utilizando-se de premissas falsas e sem embasamento nos fatos. O chamado Partido da República (PR), em seu programa, em claro abuso do democrático direito de expor sua linha de idéias, empregou boa parte de seu tempo em caluniar o Segundo Império do Brasil, quando poderia utilizar melhor o espaço para defender suas propostas, ou pelo menos, explicar por que o regime republicano está tomado por tantos corruptos...

Logo ao começo, percebe-se a impossibilidade de atacar a figura histórica de Dom Pedro II, classificado como “boa praça, idealista, querido pelo seu povo, honrado e com boas intenções”. De fato, a república não nos ofereceu nada que possa ser comparado.

Fala-se do início da favelização com a chegada de escravos libertos aos morros cariocas. Vergonhosamente, coloca-se nos negros a culpa pelo início da desorganização urbana do Brasil no século XX. Ignoram, ou fazem que ignoram, os planos da Princesa Isabel de assentar os ex-escravos em terras devolutas, em uma autêntica e verdadeira Reforma Agrária, a mesma que jamais foi feita na república. Ignoram, ou fazem que ignoram, que o Brasil Império tinha uma das maiores participações nos processos eletivos do século XIX, e que era uma nação respeitada e ocupava lugar de igualdade face às outras nações, e que a ditadura e a submissão aos interesses internacionais fazem parte da triste herança deixada pelo golpe de 1889.

Impostos demais? Como se pode fazer tal colocação se no Império tínhamos menos de um terço dos impostos que temos hoje? Tínhamos no Império apenas 17 tarifas, enquanto a república já nos cobra 62 tarifas, consumindo 40,69% de tudo o que produzimos. Essa a herança da república quanto à carga tributária.

Colocar a república como aspiração de toda a população, ao termo do século XIX, é no mínimo desconhecer a História Brasileira, ou quiçá uma pilhéria. O Partido Republicano daquela época nunca elegeu mais de três deputados. Então, como chamar a idéia republicana de popular? Pior, é do seio dos próprios republicanos partícipes do golpe de 1889 que sai a palavra comprobatória, pois Aristides Lobo, jornalista republicano, escreveu claramente que a população a tudo assistira "bestializada, atônita, surpresa, sem saber o que significava". Lógico: quem promoveu o golpe de 1889 foram as elites escravocratas revoltadas com a Abolição – os “Republicanos de 14 de Maio”. Isto irretorquivelmente mostra que o povo brasileiro não comungava das ilustres desconhecidas idéias republicanas. Em verdade, era ao Império e a Dom Pedro II que o nosso povo tinha genuíno apreço – daí a razão do banimento ao exílio de toda a Família Imperial Brasileira. Nascia assim a República Velha, ou República Oligárquica, como é chamada pelos livros de História.

Crises? Não exatamente no Império, que nos rendeu quase meio século de estabilidade institucional. Nossa pior crise é hoje, sob a república da corrupção – a maior seqüência de desonras públicas que a História já registrou no Brasil. O Povo Brasileiro está enojado, envergonhado de si mesmo e diante do mundo. Curioso é que tal associação entre Império e corrupção venha do PR, filho da fusão do Prona com o PL, partido político simplesmente afundado até o pescoço no escândalo do Mensalão. Fica aqui o desafio para que se citem no Império Brasileiro indignidades ao menos comparáveis a Mensalões, Mensalinhos, Sanguessugas ou às descobertas de Navalhas, Furacões e congêneres.

Reconheça-se, contudo, que o programa mostra que a república não cumpriu seu papel, após mais de 100 anos. Se 117 anos não bastaram, quantos mais exigirão? Fato é que, com o histórico vergonhoso que a república brasileira teve e tem, é autêntica profanação uma propaganda partidária republicana atacando a lembrança do período histórico que forjou a unidade do Brasil e o encaminhava para um desenvolvimento natural, até ter sua evolução cortada pelo golpe de 15/11/1889.

O desenvolvimento não passa pelos trilhos da forma de governo republicana, ao contrário do que a propaganda insinua. Que o digam ingleses, noruegueses, australianos, canadenses, japoneses e suecos. Aliás, o purismo da idéia de república sequer diz respeito à forma de governo, e sim à de “coisa pública”, “bem comum”. Sob essa ótica, as monarquias dão um banho de republicanismo nas ditas “repúblicas”, ao demonstrar um respeito pelo erário que não se vê na história brasileira desde 15/11/1889. Ao contrário do que a propaganda sugere, a corrupção, no Brasil, encontrou terreno fértil após o golpe da república, fato atestado por pessoas que vivenciaram ambos os períodos históricos, quais sejam Monteiro Lobato e o republicano arrependido Rui Barbosa.

Nós, monarquistas parlamentaristas do Século XXI, defendemos uma forma e um sistema de Governo que sejam baratos e que garantam a transparência, a eqüidade, a justiça, a liberdade e a democracia, bem como o inabalável respeito pelo bem comum, em proveito de todos e não de poucos – eis o verdadeiro significado histórico da palavra república.
São Paulo (SP), 07 de Setembro de 2008

Subscrevem as instituições:

Instituto Brasileiro de Estudos Monárquicos (IBEM Nacional) de Brasília - DF
Instituto Brasileiro de Estudos Monárquicos de Minas Gerais (IBEM-MG);
Instituto Brasileiro de Estudos Monárquicos do Rio Grande do Sul (IBEM-RS);
Movimento Monárquico Brasileiro

quinta-feira, 15 de março de 2012

A Luz do Baile


                                                                                                                                por Monteiro Lobato

Despercebidos de todo passaram-se este mês dois aniversários. A 2 dedezembro nasceu, a 5 de dezembro faleceu D. Pedro II. Quem foi este homem que não deixou lembranças neste país? Apenas um Imperador…Um Imperador que reinou apenas durante 58 anos… Tirano? Despótico?  Equiparável a qualquer facínora coroado? Não.

 Apenas a Marco Aurélio.

A velha dinastia bragantina alcançou com ele esse apogeu de valor mental e moral que já brilhou em Roma, na família Antonina, com oadvento de Marco Aurélio. Só lá, nesse período feliz da vida romana, é que se nos depara o sósia moral de Pedro II.

 A sua função no formar da nacionalidade brasileira não está bemestudada. Era um ponto fixo, era uma coisa séria, um corpo como os hána natureza, dotados de força catalítica.

 Agia pela presença.

O fato de existir na cúspide da sociedade um símbolo vivo e ativo da Honestidade, do Equilíbrio, da Moderação, da Honra e do Dever, bastava para inocular no país em formação o vírus das melhores virtudes cívicas...

O juiz era honesto, senão por injunções da própria consciência, pela presença da Honestidade no trono. O político visava o bem público, se não por determinismo de virtudes pessoais, pela influencia catalítica davirtude imperial. As minorias respiravam, a oposição possibilizava-se: ochefe permanente das oposições estava no trono. A justiça era um fato:havia no trono um juiz supremo e incorruptível. O peculatário, odefraldador, o político negocista, o juiz venal, o soldado covarde, o funcionário relapso, o mau cidadão enfim, e mau por força de pendorescongeniais, passava, muitas vezes, a vida inteira sem incidir num sódeslize. A natureza o propelia ao crime, ao abuso, à extorsão, à violência,à iniquidade mas sofreava as rédeas aos maus instintos a simples presença da Equidade e da Justiça no trono.

Ignorávamos isso na Monarquia.

Foi preciso que viesse a República, e que alijasse do trono a forçacatalítica, para patentear-se bem claro o curioso fenômeno. A mesma gente, o mesmo juiz, o mesmo político, o mesmo soldado, omesmo funcionário até 15 de novembro honesto, bem intencionado, bravoe cumpridor dos deveres, percebendo, na ausência do imperial freio,ordem de soltura, desaçamaram a alcatéia dos maus instintosmantidos em quarentena. Daí, o contraste dia a dia mais frisante entre avida nacional sob Pedro II e a vida nacional sob qualquer das boasintenções quadrienais, que se revezam na curul republicana.

Pedro II era a luz do baile.

Muita harmonia, respeito às damas, polidez de maneiras, jóias de artesobre os consolos, dando ao conjunto uma impressão genérica deapuradíssima cultura social.

Extingue-se a luz. As senhoras sentem-se logo apalpadas, trocam-setabefes, ouvem-se palavreados de tarimba, desaparecem as jóias…

Como, se era a mesma gente!

Sim, era a mesma gente. Mas gente em formação, com virtudes cívicas emorais em início de cristalização.

Mais um século de luz acesa, mais um século de catálise imperial, e o processo cristalisatório se operaria completo. O animal, domesticado devez, dispensaria o açamo. Consolidar-se-iam os costumes; enfibrar-se-ia o caráter. E do mau material humano com que nos formamos sairia, pela criação de uma segunda natureza, um povo capaz de ombrear-secom os mais apurados em cultura.

Para esta obra moderadora, organizadora, cristalizadora, ninguém maiscapaz do que Pedro II; nenhuma forma de governo melhor do que sua monarquia.

Mas sobrevém, inopinada, a República.

Idealistas ininteligentes, emparceirados com a traição e a inconsciênciada força bruta, substabelecem-se numa procuração falsa e destroem aobra de Pedro II “em nome da nação”.

A nação não reage, inibida pela surpresa, e também porque lhe acenamlogo com um programa de maravilhas, espécie de paraíso na terra.

É sempre assim. Não variam com a longitude nem com a latitude os processos psicológicos de assalto ao poder.

Aqui, assaltado o poder e conquistadas as posições, houve um geral arrancar de máscaras: Enfim, sós.

O “Alagoas” levava a bordo a luz importuna, a luz que empatava. E começou a revista de ano que há trinta anos diverte o país.

Que diverte, mas que envenena.

Que envenena e arruína.

O que havia de cristalização social dissolve-se; volta ao estado de geléia.

Sucedem-se na cena os atores, gingam-se as mesmas atitudes,murmuram-se as mesmas mensagens, reeditam-se eternas promessas.

O povo, cansado e descrente, farto de uma palhaceira destituída damínima originalidade, cochila nas arquibancadas. Nem aplaude, nemassobia; dorme e sonha, entre outras coisas, com o inopinado surto em
cena de um delegado de polícia louro e dez praças de uniformedesconhecido, que ponham fim a pantomima.

Não intervém para realizar por mãos próprias o “basta”, porque se sente tão gelatinoso como os atores. Nada o galvaniza, não o espanta nenhum jangotismo de tony.

Abudistado,  assiste até o indecoroso matar-se em massa.

As cenas do ano 1900, desenroladas na capital da República, durante a última epidemia, são “os noves fora nada” da obra do 15 de novembro. A máquina governamental, caríssima, não funciona nos momentos de crise. Não é feita para funcionar, senão para sugar com fúria acarina o corpodoente do animal empolgado.

De norte a sul o povo lamuria a sua desgraça e chora envergonhado o que perdeu.

Tinha um rei. Tem sátrapas.

Tinha dinheiro. Tem dívidas.

Tinha justiça. Tem cambalachos de toga.

Tinha parlamento. Tem antessalas de fâmulos.

Tinha o respeito do estrangeiro. Tem irrisão e desprezo.

Tinha moralidade. Tem o impudor deslavado.

Tinha soberania. Tem cônsules estrangeiros assessorando ministros.

Tinha estadistas. Tem pegas.

Tinha vontade. Tem medo.

Tinha leis. Tem estado de sítio.

Tinha liberdade de impressa. Tem censura.

Tinha brio. Tem fome.

Tinha Pedro II. Tem… Não tem!

Era. Não é.

Numa época terrível para a vida universal, em que cada país procurachefiar-se por intermédio dos homens de suprema energia, Wilson, Loyd George, Clemenceau, Ebert, o Brasil apalpa pescoço e não sente cabeça.Chegou a maravilha teratológica  duma acefalia inédita.

Anos atrás foi apresentado à Câmara dos Deputados um projeto de leimandando trasladar os restos de Pedro II para a terra natal. Aconsciência desse ramo do Legislativo, num assomo de revivescência,votou, em apoteose, a lei. Mauricio de Lacerda definira, nesse dia, a política republicana, como feita de alcouces e corrilhos.

A Câmara desmentiu-o por cinco votos. Mas o Senado confirmou-lhe oasserto, por quase unanimidade. Não convinha à turba desarcorhamphus, pacificamente acomodada em torno da presa adevorar a Pátria a transladação dos restos mortais. Quem sabe,conservariam essas cinzas algo da misteriosa força que caracterizou emvida Pedro II?

E viriam elas agindo pela presença perturbar a paz do festim? “Nada,não perturbemos nossa digestão” pensou o Senado. E o projeto caiu.

O Brasil é uma nação a fazer. Ou refazer, já que destruíram os alicercesda primeira tentativa séria. Cortado o fio da evolução natural,baralhados os materiais, dispensados os operários honestos e hábeis,hipotecadas as suas rendas, a política de hoje vive de uma indústria nova:aluguel da consciência. Cada empresa estrangeira aluga uma série. Deuma, a mais poderosa de todas, é sabido que chegou à perfeição de fichar comercialmente o preço de homens públicos.


“É a deliquescência final, o esverdear”…este estado de coisas é,entretanto, galvanizável. Bastaria repor na máquina a peça mestra quetudo coordena, essa forca catalítica sem a qual nenhum povo como onosso, instável, em formação, produto dos mais díspares elementosétnicos, conseguiu jamais alcançar as etapas sucessivas da nacionalidade.

Um homem, uma continuidade de ação, um pulso o bisneto de Marco Aurélio ou Rosas.

A força mansa que norteia o evoluir ou a força violenta que arrasa,desespera, e cria pela dor o instinto de defesa.

Tudo é preferível ao reino manhoso dos guzanos de boca dupla uma que mente ao povo, outra que o rói até aos ossos.

Esperemos em Anhangá, o deus brasileiro. Peçamos-lhe, neste mês dosaniversários imperiais, que ressuscite e reponha no seu lugar o espíritobom que neutralizava a influência dos espíritos maus.

É a nossa derradeira esperança, Anhangá…

segunda-feira, 12 de março de 2012

Gazeta Imperial

Está disponivel no site www.brasilimperial.org.br a nova edição da Gazeta Imperial, celebrando o aniversário de sua Alteza Imperail e Real Prícipe Dom Bertrand de Orleans e Bragança, além de muitos outros artigos interessantes. Acesse
 http://www.brasilimperial.org.br/imagens/gazeta/Gazeta_Imperial_Fevereiro_2012_web.pdf  e confira.

quarta-feira, 7 de março de 2012

Informativo Ação!

Está disponivel no site da Frente Integralista Brasileira, a sexta edição do Informativo Ação, que trás o artigo que informa a criação do Núcleo Integralista de Sumaré!

Não deixe de ler!

Pelo Bem do Brasil!Anauê!

Link direto http://www.integralismo.org.br/?cont=-289

quinta-feira, 1 de março de 2012

Revolução Interior

por Gustavo Barroso

Para a realização de tão grande obra política, econômica e social, o Integralismo tem de combater sem tréguas e sem piedade toda repelente imoralidade do atual sistema de fraudes, engano, corrupção e promessas vãs, bem como todo materialismo da barbárie comunista que alguns loucos apontam como salvação para nosso país. 

O atual regime político liberal e pseudo-democrático é um espelho da decadência a que chegou o liberalismo, que procurou dividir a nação implantando ódio entre irmãos... com partidos políticos transitórios que sobrepõem ás ambições pessoais aos mais altos interesses da Pátria, favorecendo os eleitores com um imediatismo inconsciente, em que tudo concedem ou vendem, contanto que atinjam ás posições (é a moral socialista ou comunista que diz, o fim justifica o meio). Esse regime fraco e vergonhoso escravizou nosso Brasil, o pouco capital dos brasileiros e o trabalho de nossas populações abandonadas ao banqueirismo internacional por um criminoso sistema de pesados, aladroados e sucessivos empréstimos externos, cuja funesta e primeira conseqüência é o esfolamento pelos impostos.

O comunismo que agitadores estrangeiros aliados a brasileiros vendidos ou inconscientes, inimigos da Pátria, a proletarização das massas e a materialização do homem em todos os sentidos. Tirando ao individuo suas crenças e tradições, sua vida espiritual e sua crença em Deus, sua Família – que é sua projeção no tempo, e sua propriedade – que é a sua projeção no espaço, arranca-lhe as forças de reação, todos os seus sentimentos; deixa somente a fera humana e prepara-o assim, para definitiva escravização ao capitalismo internacional disfarçado em Capitalismo de Estado. 

O povo brasileiro debate-se em verdadeira angustia econômica e anseia por novo padrão de vida; debate-se numa completa desorganização de sua existência pública e almeja nova forma de justiça social; debate-se em formidável anarquia de valores e na incultura geral, e precisa formar homens escolhidos que possam resolver os grandes e graves problemas da 

Nação. Urge a transferência completa do Brasil para salva-lo, novo conceito de vida, novo regime, novo quadro de valores. Essa transformação completa, integral da Alma Brasileira no sentido do rigoroso cumprimento de todos os deveres para com a Família, para com a Pátria e para com Deus, que é o Espírito e à Ordem Espiritual por Ele instituída. Só uma Revolução Moral pode produzir uma grande e benéfica Revolução Social. Porque esta é projeção daquela.

Por isso, a Doutrina Integralista afirma que a primeira revolução do Integralismo é a Revolução Interior.

Fonte: “O que o integralista deve saber, PP. 6,7 e 8”.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Os Doze Princípios da Doutrina Integralista.


1. O Integralismo exige que a mocidade não se entregue aos prazeres materiais, mas dignifique a sua Pátria no trabalho, no estudo, no aperfeiçoamento moral, intelectual e físico.

2. O Integralismo não concede o direito de se denominarem “revolucionários” aqueles que revelarem incultura e simples temperamento de aventureiros ou de insubordinados.

3. O Integralismo declara verdadeiros heróis da Pátria: os chefes de família, zelosos e honestos; os mestres; os humildes de todos os labores, das fábricas e dos campos, que realizam pelo espírito, pelo cérebro, pelo coração e pelos braços a prosperidade e grandeza do Brasil.

4. O Integralismo considera inimigos da Pátria todos os que amarem mais os sofismas, as sutilezas filosóficas e jurídicas do que o Brasil, à ponto de sobrepô-los aos interesses nacionais; os que forem comodistas; preguiçosos mentais; vaidosos; alardeadores de luxo e de opulência; opressores de humildes, indiferentes para com os cidadãos de valor moral ou mental; os que não amarem as suas famílias; os que pregarem doutrinas enfraquecedoras da vitalidade nacional; os “blasés”; os céticos; os irônicos, míseros palhaços desfibrados.

5. O Integralismo quer a Nação unida, forte, próspera, feliz, exprimindo-se no lineamento do Estado, com superior finalidade humana.

6. O Integralismo não pretende erigir o Estado em fetiche, como o socialismo; nem tampouco reduzi-lo a um fantoche, como o liberalismo. Ao contrário de um e de outro, quer o Estado vivo, identificado com os interesses da Nação que ele representa.

7. O Integralismo não admite que nenhum Estado se superponha à Nação ou pretenda dominar politicamente os outros. Não admite que o regionalismo exagerado e dissociativo se desenvolva em qualquer ponto do território da Pátria.

8. O Integralismo, pela constante ação doutrinária e apostolar, não permite que os demagogos incultos ou de má-fé explorem a ingenuidade das turbas, muito menos que a imprensa subordine a sua diretriz a interesses de argentários ou poderosos em detrimento da Nação.

9. O Integralismo dará um altíssimo relevo aos pensadores, filósofos, cientistas, artistas, técnicos, proclamando-os supremos guias da Nação.

10. O Integralismo quer a valorização das corporações de classe, como se fazia na Idade Média, onde os grupos de indivíduos eram valorizados.

11. O Integralismo quer acabar, de uma vez para sempre, com as guerras civis, as masorcas, as conspirações, os ódios, os despeitos, unindo todos os brasileiros no alto propósito de realizarem uma Nação capaz de impor-se ao respeito no Exterior.

12. O Integralismo não é um partido; é um Movimento. É uma atitude nacional. É um despertar de consciências.

É a marcha gloriosa de um Povo!

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A Arte de Semear Ideias (fragmentos)

Por Plínio Salgado.

A arte de semear ideias é uma arte difícil. Não pelo que exige em qualidades de ação, mas principalmente pelo que reclama em virtudes de resistência.

Não é somente escrevendo e publicando livros, redigindo e estampando artigos nos jornais, subindo à tribuna e proferindo discursos, nem lecionando ou simplesmente conversando, que se consegue semear ideias capazes de germinar.

Essa resistência, em cada minuto de sua vida, é que constitui o humus alimentador e vivificador das ideias semeadas. Sim; essa resitência é que determina a continuidade, a permanência, a fidelidade, que são os fatores operantes nos processos da germinação das ideias.

Porque o grande drama dos portadores de idéias novas consiste justamente no contraste entre estas e a realidade humana que é o solo onde o semeador deita a sementeira.
Essa resistência, essa capacidade para compreender e perdoar, essa energia na manutenção dos propósitos, esta linha imperturbável de marcha, tudo isso consiste a grande arte de semear ideias.

A arte de semear ideias é sem duvida, uma arte difícil. Mas, por isso mesmo, é bela.
Que a juventude de nossa Pátria saiba pratica-la. E poderemos ter confiança no Futuro.

(Na íntegra no livro, Recosntrução do Homem, cap. III)

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Integralismo em Sumaré


Há tempos a Frente Integralista Brasileira não mede esforços para propagar a Doutrina do Sigma a todos os cantos de nossa Pátria. Abençoados por Deus e assumindo também este compromisso patriótico, nós, Integralistas da Cidade de Sumaré, no interior de São Paulo temos a honra de anunciar a criação do Núcleo Integralista Municipal de Sumaré. 

Movidos por profunda paixão pelo Brasil e impelidos a agir neste momento preciso em defesa das tradições e dos valores cristãos, nos lançamos nesta cidade à missão de desfraldar a Bandeira do Sigma com o objetivo de trazer ordem ao caos político em que se encontra a Região Metropolitana de Campinas (RMC).
As cidades da região passam por seu pior momento político, tendo trocado sucessivamente prefeitos e partidos envolvidos, um após o outro, nos mais inescrupulosos crimes e atos de corrupção.
Diante desta situação de crise as cidades do interior de São Paulo encontram-se abandonadas, vítimas de seus (dês) governos atuando a bel prazer em prejuízo das populações que nelas se encontram: obras inacabadas de hospitais, escolas e praças, que deveriam servir ao povo, mas, cuja receita acaba nos bolsos de políticos de direita e de esquerda. 

Em Campinas, enquanto os partidos de facções (outrora coligados!) brigam por eleições diretas ou indiretas para escolha de um novo prefeito ou correm atrás de liminares, o povo sofre com a insegurança, o descaso e o abandono total. 

Cai entre a população a dúvida sobre seu próprio destino. Cabe a nós, Integralistas, devolver-lhes a esperança. A situação é a mesma e tão desagradável quanto nas cidades próximas de Americana, Nova Odessa e Santa Bárbara D’Oeste. 

Este é o momento para todos os verdadeiros patriotas do interior de São Paulo unirem-se com o objetivo de levar os verdadeiros ideais da pátria brasileira, a Doutrina do Sigma, às mais diversas localidades, ajudando a preparar a Nação para os que virão depois. Não é hora de ter medo ou temer as calúnias e difamações ou a luta na surdina travada pelos inimigos de Deus, da Pátria e da Família, mas, sim o momento para enfrentar estas e outras adversidades que possam aparecer. Estamos unidos Pelo Bem do Brasil e comprometemo-nos a não esmorecer frente as batalhas que estão por vir, pois, sabemos que de nossa vitória ou derrota depende a vitória ou derrota de uma Nação. 

Desfraldemos a Bandeira do Sigma! 

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quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Perguntas e Respostas sobre o Integralismo.

A bandeira Integralista:

A bandeira do Movimento Integralista é simbolizada por uma bandeira azul e branca com as seguintes características: em campo azul real, uma esfera branca, ao centro da qual se destaca um Sigma maiúsculo em cor preta.O azul da bandeira simboliza a atitude do pensamento integralista. Evoca distâncias, mostrando que o Integralismo não se submete aos limites políticos que nos têm amesquinhado, mas tem um grande ideal que é a integridade do Brasil e a projeção de sua grandeza entre os povos do Universo. A esfera branca mostra a pureza de sentimentos e a sinceridade dos propósitos integralistas. A cor branca é ainda a resultante da mistura de todas as cores, e o Sigma nela inscrito significa, como está dito acima, é a integralização de todas as Forças Sociais na suprema expressão da Nacionalidade.

O lema integralista:
 “Deus, Pátria e Família
O Integralismo adotou como lema, as palavras “Deus, Pátria e Família”, que foram as últimas proferidas pelos lábios do Presidente Afonso Pena, em seus últimos instantes de vida. Afonso Pena morreu em pleno exercício do seu mandato presidencial(1906/1909), vítima do surto de gripe espanhola que então assolava o País. Os integralistas aproveitaram estas últimas palavras do ex-Presidente, para usar como lema, pois se encaixam adequadamente nos princípios que norteiam a Doutrina do Sigma:
Deus(que dirige o destino dos Povos),Pátria (Nosso lar) e Família (Início e fim de tudo).
 
O que significa Anaue?
A palavra “Anauê!” é um vocábulo Tupi, que servia de saudação e de grito dos nossos indígenas. É uma palavra afetiva que quer dizer “ Você é meu irmão” (Dicionário Montona). Como o Integralismo é a Grande Família dos Camisas-Verdes, e um Movimento Nacionalista, de sentido nativista . Anauê foi a palavra consagrada em louvor do Sigma. É a exclamação da saudação integralista. Serve ainda para exaltar, afirmar, consagrar e manifestar alegria.
 
O que e o Sigma?
O Sigma é o sinal simbólico do Movimento Integralista; É uma letra grega que corresponde ao nosso “S” , e indica soma; É usada para indicar a soma dos finitamente pequenos; e também era a letra com a qual os primeiros cristãos da Grécia indicavam o nome de Cristo (Soteros). Ele lembra que o nosso Movimento é no sentido de integrar todas as Forças Sociais do País na suprema expressão da Nacionalidade, daí a nossa luta para implantar o Estado Integral.
 
Integralismo e o racismo:
O Integralismo é racista e/ou anti-semita?

Não, pelo contrário, esse tipo de sentimento só tem a prejudicar a nação como um todo, coisa que o Integralismo repudia. Nossa intenção é juntar todas as forças produtivas e classes da Nação numa única direção de progresso, e para isso precisaremos do branco, do negro e do índio. Não faria sentido algum nutrir qualquer espécie de preconceito racial num país tão miscigenado como o Brasil, o Integralismo é consciente da realidade brasileira e como tal identifica a mistura de raças como traço característico e imutável do Brasil. Para deixar essa questão bem clara, transcrevemos abaixo as palavras do próprio Plínio
Salgado sobre o tema :
''Não sustentamos preconceitos de raça; pelo contrário, afirmamos ser o povo e a raça brasileiros tão superiores como quaisquer outros. Em relação ao judeu, não nutrimos contra essa raça nenhuma prevenção. Tanto que desejamos vê-la em pé de igualdade com as demais raças, isto é, misturando-se, pelo casamento, com os cristãos.''
 
Integralismo x democracia
O Integralismo é contra a democracia e a liberdade?

Não, pelo contrário, o Integralismo quer restituir a verdadeira democracia como a forma de governo na qual o bem comum da sociedade é priorizado, ao contrário do que ocorre hoje em dia quando uma verdadeira cleptocracia se instalou em Brasília roubando os cofres da nação sob o pretexto de governar para o povo.
O Integralismo entende a democracia como o estado de direito onde as liberdades individuais são garantidas e é dado a cada um e a todos a oportunidade de exercer seu papel dentro do contexto social, desenvolvendo seus potenciais, produzindo riqueza para sua família através do trabalho e contribuindo assim para o engrandecimento da nação. Conseqüentemente, não pode haver democracia onde há corrupção generalizada, altos níveis de desemprego e uma criminalidade organizada e desenfreada. Portanto, o Integralismo não quer acabar com a democracia, mas restituí-la.

Movimento ultrapassado?
Não é o Integralismo um movimento do passado, que não faz mais sentido no mundo
moderno?

O Integralismo trata, numa última análise, do próprio destino superior e espiritual do homem, e essa questão nunca ficará obsoleta. Embora surgida na década de 1930, estruturada sob o pensamento de Plínio Salgado, a doutrina Integralista compreendeu com maestria a alma brasileira em todos seus aspectos culturais, sociais e políticos, que permanecem basicamente os mesmos até hoje.
Além disso, os atuais Integralistas têm empreendido um grande esforço intelectual e prático na tentativa de renovar alguns aspectos necessários do movimento para que ele esteja apto a enfrentar os novos desafios e dilemas que o século XXI nos apresenta.

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Sentido e Ritmo da Nossa Revolução


SENTIDO E RITMO DA NOSSA REVOLUÇÃO
Plínio Salgado

A Ação Integralista Brasileira é um movimento revolucionário, não no sentido comum que se empresta a esta expressão, porém num sentido mais alto e profundo. Quando falamos “revolução integralista” não nos referimos à arregimentação de forças heterogêneas e confusas, tangidas unicamente pelos descontentamentos coletivos e objetivando exclusivamente o assalto ao Poder. Este movimento, que é o maior do mundo em extensão geográfica, abrangendo um território igual ao da Europa, e que é o mais impressionante da História Pátria, desde o Descobrimento, é, também, como fenômeno espiritual, o mais expressivo dos tempos modernos, assim como é o mais tipicamente cultural de todos os movimentos sociais e nacionalistas contemporâneos.
A revolução integralista se processa em dois planos simultaneamente:
1º) – O plano espiritual mediato;
2º) – O plano cultural, imediato.
No plano espiritual, o objetivo é mediato, porque para atingi-lo teremos de levar muitos anos de doutrinação, de educação constante do povo, de esforço individual de cada um. No plano cultural, o objetivo é imediato, porque o Brasil necessita, desde logo, de uma transformação do Estado, mediante a qual poderemos, como queria Alberto Torres, assumir nova atitude em face dos problemas.

A Revolução Espiritual
Seria ridículo que nós nos apresentássemos à Nação, dizendo: “somos os homens perfeitos, somos os únicos honestos, somos os santos e os heróis, só a nós assiste o direito de governar o país”. Essa atitude de orgulho é que tem posto a perder a todos os que julgaram salvar o Brasil mediante simples revolução de quadros, simples mudança de homens. Em 1930, brasileiros bem intencionados, porém tentados pelo demônio da vaidade, apresentaram-se à Nação como os “puritanos da Pátria”. Esse espírito de puritanismo não permitiu que os problemas nacionais fossem estudados na sua complexidade e nas suas mais profundas raízes, criando-se, apenas, o mito da “moralidade administrativa”, que, sendo um dever, não pode ser objeto de programa. O Integralismo sabe que o Brasil não é um país de santos canonizados nem de anjos pulcros. A doutrina do Integralismo, em relação às questões de Estado não vai buscar a sua inspiração no otimismo de Rousseau e de Locke. Pelo contrário, somos pessimistas em relação à possibilidade de uma instantânea transformação dos homens, repousando toda a nossa esperança imediata na transformação do regime, de modo a policiarmos as tendências más que uma educação materialista agravou no país. Não vamos aos excessos pessimistas de Hobbes, imaginando o Leviatã, o Estado absorvente, anulador de todas as liberdades. Conservamo-nos na linha realista, crentes de que uma obra sistemática de educação individual e da coletividade elevará a média das virtudes morais e cívicas do povo brasileiro, cuja estrutura mais íntima nos revela traços de superioridade incontestável. Essa obra de educação é que nós chamamos a “revolução espiritual” e é em razão dela que nos distinguimos tanto do Fascismo como do Hitlerismo, imprimindo um sentido profundo ao nosso movimento.

Fariseus e publicanos
Há no Evangelho uma parábola que serve para ilustrar o nosso pensamento. É a do fariseu e do publicano. Enquanto aquele vai se ajoelhar próximo ao altar, vangloriando-se de suas virtudes, da sua incorruptível maneira de cumprir a lei de Moisés, o pobre publicano ajoelha-se na porta do templo de Salomão, exclamando: “Não sou digno Senhor, de me aproximar de vós”. O Divino Mestre afirma que o publicano está no caminho da perfeição e esse é o caminho que eu indico a todos os integralistas. O primeiro ato revolucionário do integralista é assumir essa atitude humilde diante da Pátria. Em vez de viver apontando os defeitos alheios, procurar descobrir os próprios defeitos e corrigi-los. Confiar mais no gênio da raça e na inspiração de Deus do que nos seus próprios méritos. Ferir de morte a vaidade, aceitando muitas vezes o comando de um companheiro que tem uma posição social inferior à sua. Vencer a si próprio, contrariando-se, ciliciando-se a todo instante em coração e espírito, convencido de que num país onde cada qual é intransigente em relação aos seus semelhantes, não existe possibilidade de harmonia social nem de grandeza da Nacionalidade. Dominar o comodismo, a preguiça, o ceticismo, a desilusão, o cansaço, a impetuosidade, o egoísmo, o apego às glórias falazes,
convencido de que ninguém tem o direito de pretender orientar uma Pátria, quando não é capaz de governar-se a si próprio. Esforçar-se, instante a instante, na aprendizagem do domínio de si mesmo, pois é neste domínio que reside a essência da autoridade pessoal de cada um. Cultivar o amor ao seu povo e a generosidade para os que se manifestam incapazes de compreender este movimento, porque a conquista de todos os brasileiros muito depende da perseverança, da paciência, da tenacidade e serenidade dos nossos doutrinadores. Despertar em si próprio as forças do sentimento nacional porque a fusão de todas as centelhas de patriotismo de cada coração formará a fogueira que incendiará o grande coração da Pátria. Pedir a Deus coragem e paciência, fortaleza e inspiração, energia e bondade, severidade sem alarde, bravura sem ostentação, virtude sem orgulho puritanista, humildade sem indignidade e dignidade sem egolatria.

Luta subjetiva e ação objetiva
Essa é a revolução interior, a revolução espiritual. Nós sabemos que ela se processará devagar, porque estamos encharcados dos vícios de uma educação materialista, de uma educação farisaica de catonismos hipócritas em que se esfacelou uma República que confiou mais nos doutores da lei do que na realidade da Pátria e nas profundas verdades humanas. Sei que essa Revolução Espiritual durará muito tempo e o seu triunfo completo só se dará nas futuras gerações. É por isso que, paralela a essa transformação do espírito nacional, estamos acionando a Revolução Cultural. Há no Integralismo uma revolução subjetiva e outra objetiva.

Transformação do Estado
Não podemos nos cingir exclusivamente à transformação espiritual, porque temos problemas imediatos e, principalmente porque, dentro do atual regime, tudo se tornará mais difícil para atingirmos os objetivos morais que colimamos. Enquanto a revolução espiritual se processa, por assim dizer, numa progressão aritmética, a outra, a revolução cultural se opera numa progressão geométrica. Os resultados que iremos obtendo, em síntese, podem ser comparados à razão logarítmica das duas revoluções.
O problema da transformação do Estado subordina-se a uma concepção filosófica da qual decorrem as soluções dos problemas político e econômico. Partimos do princípio da autoridade moral do Estado, do conceito ético do Estado. Esse princípio se origina da própria concepção do Universo e do Homem, encarados de modo integral. A subordinação do mundo da matéria e da força ao mundo do espírito e da vontade. A síntese das concepções científica e espiritual que marcam os aspectos das filosofias da Idade Média e do século XX. Repelimos todas as unilateralidades tão características do século passado. Assim fazendo, não condenamos de um modo absoluto, os esforços prodigiosos dos pensadores, sociólogos e economistas do século XIX. Entendemos que cada corrente se colocou num ponto de vista restrito. A sociedade tem de ser encarada de um modo total, não só em relação a seus aspectos formais, porém à natureza e direção de seus movimentos. Não ficamos com aqueles que, como Spencer, subordinaram tudo à sistematização do evolucionismo darwiniano, justificando as opressões da burguesia contra os trabalhadores; nem com aqueles que, como Le Play, Ratzel, Demoulins, pretenderam ver na geografia social a única chave dos problemas políticos; nem com aqueles que, como Gobineau ou Gumplowicz, apontavam toda a solução do problema étnico no mistério dos plasmas germinativos; nem com Karl Marx, que considerou uma única face do Homem, a
face econômica, e muito menos com Adam Smith, precursor de Marx, que acreditou no dogma das leis naturais em economia; nem com Sorel que reduziu tudo a luta de classe; nem tampouco com aqueles que negaram a luta de classe. Nós, integralistas, somos homens do século XX, ao passo que os liberais, os comunistas, os reacionários de estrema direita, os socialistas timoratos, os republicanos positivistas, os cientifistas políticos são homens de uma época que se assinalou pelo sentido da análise. Vivemos hoje uma época de síntese. Quando as ciências se encontram todas no recesso do átomo, quase se confundindo a química com a astronomia, a velha verdade de Aristóteles surge do fundo da misteriosa harmonia da gravitação dos iônios, mostrando-nos em todas as expressões do Universo a diferenciação, na unidade. Essa forma de mentalidade nova abre novos horizontes aos problemas políticos. O conceito revolucionário ganha uma nova significação, como direito do Espírito e
transformação permanente do Estado, guardados os princípios do Direito Natural e objetivando o destino supremo do Homem, segundo uma concepção espiritualista da existência. O Estado passa a ser o Grande Revolucionário, falando em nome das inquietações, dos desejos, das aspirações superiores, dos sentimentos de Justiça da Nação. O Estado adquire, assim, uma autoridade nova, sobrepairando aos interesses de grupos sociais, políticos ou econômicos. O Estado passa a ser o supervisionador, o mantenedor de equilíbrios, a concretização do ideal de justiça e de liberdade, o criador dos ritmos sociais.

Consequências da nova concepção do Estado
Uma vez que o Estado se constrói de acordo com a alma de uma Nação e recebe desta o poder revolucionário, ele, o Estado, tem o direito e a autoridade suficientes para interferir com energia no campo econômico e social, político e financeiro, recompondo equilíbrios, sempre que alguns elementos da sociedade se hipertrofiem em detrimento de outros. É a atitude nova em face dos problemas. Revolução, em verdade, é mudança de atitude. Verificando que a democracia está desvirtuada por erros dos sistema; que o sufrágio universal é a maior das mentiras, a fonte de todo o caudilhismo político, o instrumento de opressão dos ricos contra os pobres; que a quantidade excessiva de partidos decorre do sufrágio e que os partidos são hoje em número tão grande(150 inscritos no Superior Tribunal Eleitoral) que só servem para anarquizar a Nação, enfraquece-la, dividi-la e alimentar a popularidade fácil de demagogos espertos; que a maior enfermidade do país é o regionalismo político, alimentado pelos partidos situacionistas e oposicionistas dos Estados, que não dão tempo aos brasileiros de pensar um pouco nos problemas gerais da Nação; que os problemas econômicos são tratados pelo critério exclusivamente regionalista, em consequência da estreita mentalidade que os partidos provincianos estão criando; que o povo brasileiro está dividido e, por isso, enfraquecido, não podendo opor-se à exploração do capitalismo estrangeiro; que os parlamentos políticos constituem um entrave às medidas de ordem econômico-financeira que só um governo forte, ético, baseado em novos princípios de economia política, poderá tomar: - o Estado Integralista terá de substituir, imediatamente, afim de salvar a verdadeira democracia das garras de oligarquias financeiras, o arcaico aparelhamento dos partidos pela organização corporativa da Nação. Cada brasileiro terá de se enquadrar dentro da sua profissão. A vontade nacional será traduzida com honestidade e realidade, no âmbito dos interesses de cada classe. Só os vagabundos ficarão de fora, pois todo homem que trabalha terá de defender seus interesses dentro da sua corporação. Estará acabada a demagogia tanto civil como militar, ambas perniciosas, ambas atentatórias dos legítimos direitos de um povo, ambas opressoras, ambas fontes do caudilhismo, das oligarquias, da politicagem mais grosseira e pretensiosa. Isto feito, a Nação estará em condições de olhar de frente os grupos financeiros internacionais, dizendo a palavra que ainda não foi dita, desde que nos amarramos ao pé da mesa dos magnatas de Londres, há mais de cem anos. O Estado Nacional Integralista poderá então iniciar a revolução da moeda, fundamental para a libertação de uma Pátria, de um povo de 40 milhões de habitantes e entravado na sua produção, no seu comércio, na incrementação de suas fontes de riqueza por um sistema absurdo que vem sendo posto em prática desde o alvorecer do século passado, com o fim exclusivo de facilitar as especulações indecentes das Bolsas, o jogo criminoso do câmbio, a elevação das taxas de juros, a escravização de todos os produtores. Longo seria expor os pormenores dessa grande revolução econômica; entretanto, estamos certos, nós, os integralistas, de que dentro do atual regime, não haverá jeito algum de solucionar-se o problema financeiro do país. Nem o problema financeiro, nem o da justiça social. A socialdemocracia, implantada no Brasil pela Constituição de Julho, nunca resolveu as questões de outros países; pelo contrário, agravou-as. A questão proletária no Brasil se entrosa com todas as outras questões de ordem econômica, financeira, ética e jurídica. Os socialistas no Brasil são da marca daqueles a que se refere Durkheim, dizendo que para eles o socialismo é apenas a questão operária. Nós, integralistas, sabemos que o caso operário no Brasil terá de ser resolvido no conjunto que forma o quadro completo dos problemas nacionais.

Visões unilaterais
Aliás, a unilateralidade é ainda um vício remanescente do século XIX, que temos de corrigir nos brasileiros. Muitos pensam que a solução do nosso caso está, por exemplo, na questão dos transportes; outros que ela está na questão do café; outros só pensam no combustível, outros julgam encontrar a chave no livre-cambismo, ao passo que outros são protecionistas. Muitos acham que a alfabetização é o único problema, outros só falam no saneamento. Alguns só pensam no quadro econômico, outros só pensam no quadro moral e religioso. Muitos reduzem tudo a uma questão de moralidade administrativa. Há os fanáticos do problema dos latifúndios como há os que só se preocupam com a organização cooperativa. Observo que a tendência geral tem sido a de subordinar as questões mais complexas a um fator único. Essa mentalidade os integralistas têm de combater, justamente porque a sua doutrina é integral. Todos os problemas se reduzem a um só: o problema do Brasil. Tudo tem de ser enquadrado num só pensamento e subordinado a uma única orientação geral e supervisionadora.

Os integralistas estudam
Orientada pelos grandes lineamentos doutrinários do Sigma, adotando um método crítico próprio e objetivando uma finalidade política preestabelecida, funciona em intensa atividade, a nossa Secretaria Nacional de Estudos. Dividimos as tarefas segundo as especialidades. Orientamos as pesquisas, o trabalho das comissões num só sentido. Em todas as Províncias funcionam as Secretarias Provinciais de Estudos, em correspondência com a Secretaria Nacional. São filósofos, sociólogos, economistas, pedagogos, técnicos, que pusemos em constante atividade, pois o nosso movimento é rico em valores culturais. É nesse setor que estamos operando a revolução da cultura, tornando cada vez mais nítida uma doutrina de Estado, criando futuros estadistas pelo recrutamento de valores novos que surgem de uma mocidade inquieta.

A disciplina
A revolução espiritual nós a realizamos nos quadros da Secretaria Nacional de Educação. Somos hoje 400.000 brasileiros que, em 1.123 núcleos que funcionam em todo o país, constituímos uma só família. Os integralistas não dizem à Nação o que costumam dizer os puritanos e os fariseus do regime, atribuindo-se virtudes super-humanas. Os integralistas exclamam: “Somos brasileiros de boa vontade. Amamos nossa Pátria, cremos em Deus, estremecemos nossas famílias. Queremos ser bons e fazemos esforço para isso. Esperamos que Deus, que pôs a sua cruz de estrelas no céu do Brasil, nos inspire cada dia e nos ajude a cultivar as virtudes cívicas”. O tempo que um integralista perderia fazendo acusações deve ser empregado fazendo exame de consciência e corrigindo as vaidades a fim de, um dia, quando tiver autoridade nas mãos, não assumir atitudes quixotescas alardeando superioridades ridículas. O integralista sabe que tudo deve dar à sua Pátria, que nada deve pedir a ela. Sabe que sofrerá injustiças, será alvo de mentiras, de injúrias e calúnias, será ridicularizado por muitos e até apontado como louco. Abrasado pela divina loucura do amor da Pátria, ele a tudo será surdo. Suportará com alegria todas as perseguições que porventura lhe façam por ser integralista. Sofrerá a agressão dos comunistas, defendendo-se, mas sem ódio, porque o comunismo é um fenômeno de dor num espírito desorientado pelos maus. Nunca deixará de cumprir uma ordem de seus superiores, desde que ela não fira os princípios cristãos em que se baseia o nosso movimento, porque uma ordem certa e discutida torna-se mais perniciosa do que uma errada e cumprida, porque esta, pelo menos, prestigia o princípio de autoridade e revela em quem obedece a um triunfo moral sobre si próprio. Quem não sabe obedecer jamais saberá comandar e o Integralismo é também uma escola de comandantes. A nossa disciplina condena todos os conchavos de bastidores com forças políticas liberais-democráticas, porque eles enfraquecem o princípio da autoridade. Nossa propaganda é a descoberto, para que não haja compromissos de ordem particular. A essência do regime que desejamos é incompatível com processos maquiavélicos. Toda a preocupação dos integralistas é formar uma grande família, presa pelos laços indestrutíveis de uma doutrina e de uma solidariedade moral profunda.

Caráter brasileiro do movimento
O que distingue o Integralismo dos movimentos nacionalistas que hoje se processam em quase todos os países do mundo é exatamente o alto sentido cultural e o profundo sentido sentimental. Cristalizando, dia a dia, uma unidade de pensamento, o Integralismo não se baseia num homem, porém num sistema de ideias. Seus alicerces, pois, são os mais sólidos possíveis. O Chefe não passa de um simples soldado, que eventualmente exprime o princípio da autoridade. Estamos realizando um movimento para séculos e não para quadriênios. Não pretendemos uma ditadura porque só os povos bárbaros toleram ditaduras, ainda quando estas venham disfarçadas em positivismos de segundo grau, em consulados militares ou comitês ou juntas de salvação pública. Não nos insurgimos contra homens, porque eles são produtos dos partidos. Os partidos são produto de um regime. O regime é produto de uma civilização. Essa civilização é produto de uma filosofia de vida. Essa filosofia de vida é produto de uma atitude de orgulho do homem. É aqui que encontramos o pivô do imenso maquinismo da economia e da política, maquinismo descontrolado, sem ritmo lógico e apenas expressivo da confusão dos espíritos no século XIX. É, entretanto, no sentimento delicado do povo brasileiro que vamos encontrar a chave com que abrimos as portas do século XX. Para compreender o movimento integralista é necessário compreender a alma brasileira e sentir os dramas universais. E essa compreensão é mais simples do que parece. Basta libertarmo-nos de nós mesmos, isto é, dos prejuízos de uma civilização desumana e de uma cultura livresca. Ser simples como a água e como a luz. Ser pobre em coração e em espírito. A lição política das nacionalidades está mais nas coisas simples e boas do que nas complicações com que o charlatanismo de um século, que entronizou o empirismo, perturbou ainda mais as almas agitadas dos povos.

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quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Pelo Bem do Brasil!


Há tempos que a Frente Integralista Brasileira não mede esforços para divulgar e levar a Doutrina do Sigma para todos os cantos da Pátria. É com esse dever patriótico e abençoados por Deus, que na cidade de Sumaré, se faz o primeiro Núcleo Integralista do interior de São Paulo. Movidos por profunda paixão pelo Brasil, em defesa das tradições e valores Cristãos, que nos lançamos à missão de desfraldar a Bandeira do Sigma, com o objetivo de colocar ordem no caos político que a Região Metropolitana de Campinas se encontra. A cidade campineira, passa pelo seu pior momento político da história, tendo trocado sucessivamente de prefeitos e seus partidos, envolvidos nos mais escrupulosos crimes de corrupção. Não por menos, passam as outras cidades do interior, com seus (des)governos atuando a bel prazer. Diante dessa situação, as cidades interioranas e sua gente encontram-se abandonados em obras inacabadas de hospitais, praças e escolas, que deveriam servir ao povo, mas que acabaram nos bolsos dos políticos de direita e de esquerda. Em Campinas, enquanto os partidos de facções (outrora coligados!) brigam por eleições diretas ou indiretas para escolha do novo prefeito, através de liminares, o povo sofre com a insegurança, o descaso e o abandono total. Cai entre a população a duvida sobre seu próprio destino. Cabe a nós, Integralistas, devolve-lhes a esperança. A esquerda, como sempre foi de praxe, aproveita a situação para aparecer, sempre criticando, aqueles que segundos atrás faziam parte de seus quadros, e se esquecem de que, dentre os prefeitos que passaram pela cidade nos últimos meses, encontra-se um do PT, apoiado em massa pelos comunistas. Nas cidades de Americana, Nova Odessa, Sumaré, e Santa Barbara D’Oeste a situação não é menos desagradável em todos os contextos.

Esse é o momento de todos os Integralistas do interior se unirem, para levar a doutrina do Sigma adiante, e honrar, os esforços dos que vieram antes de nós, preparando um País Integral para os que virão depois, sem temer as calúnias, as difamações, a luta nas surdinas que nossos inimigos, que são inimigos de Deus, da Pátria e da Família, das tradições, travam e irão travar contra nós.  Já nos alertava nosso Chefe Plínio Salgado em seu livro “Palavra Nova dos Tempos Novos” que essa luta “Infelizmente, não virá de peito a descoberto. Virá covardemente, no anonimato, em que se enrosca a calúnia e as injúrias.” Estamos aqui para enfrentar essas e outras adversidades que aparecem em nosso caminho, e reafirmar nossos princípios básicos, a dizer, a crença em Deus, a Concepção Integral do Universo e do Homem e a Intangibilidade da pessoa humana e de suas projeções no espaço e no tempo.

Estamos unidos Pelo Bem do Brasil, e juramos não esmorecer frente às batalhas que estão a nossa espera, porque sabemos que de nossa vitória ou derrota, depende a vitória ou derrota de uma Nação.

Pelo Bem do Brasil! Anauê!