quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Sentido e Ritmo da Nossa Revolução


SENTIDO E RITMO DA NOSSA REVOLUÇÃO
Plínio Salgado

A Ação Integralista Brasileira é um movimento revolucionário, não no sentido comum que se empresta a esta expressão, porém num sentido mais alto e profundo. Quando falamos “revolução integralista” não nos referimos à arregimentação de forças heterogêneas e confusas, tangidas unicamente pelos descontentamentos coletivos e objetivando exclusivamente o assalto ao Poder. Este movimento, que é o maior do mundo em extensão geográfica, abrangendo um território igual ao da Europa, e que é o mais impressionante da História Pátria, desde o Descobrimento, é, também, como fenômeno espiritual, o mais expressivo dos tempos modernos, assim como é o mais tipicamente cultural de todos os movimentos sociais e nacionalistas contemporâneos.
A revolução integralista se processa em dois planos simultaneamente:
1º) – O plano espiritual mediato;
2º) – O plano cultural, imediato.
No plano espiritual, o objetivo é mediato, porque para atingi-lo teremos de levar muitos anos de doutrinação, de educação constante do povo, de esforço individual de cada um. No plano cultural, o objetivo é imediato, porque o Brasil necessita, desde logo, de uma transformação do Estado, mediante a qual poderemos, como queria Alberto Torres, assumir nova atitude em face dos problemas.

A Revolução Espiritual
Seria ridículo que nós nos apresentássemos à Nação, dizendo: “somos os homens perfeitos, somos os únicos honestos, somos os santos e os heróis, só a nós assiste o direito de governar o país”. Essa atitude de orgulho é que tem posto a perder a todos os que julgaram salvar o Brasil mediante simples revolução de quadros, simples mudança de homens. Em 1930, brasileiros bem intencionados, porém tentados pelo demônio da vaidade, apresentaram-se à Nação como os “puritanos da Pátria”. Esse espírito de puritanismo não permitiu que os problemas nacionais fossem estudados na sua complexidade e nas suas mais profundas raízes, criando-se, apenas, o mito da “moralidade administrativa”, que, sendo um dever, não pode ser objeto de programa. O Integralismo sabe que o Brasil não é um país de santos canonizados nem de anjos pulcros. A doutrina do Integralismo, em relação às questões de Estado não vai buscar a sua inspiração no otimismo de Rousseau e de Locke. Pelo contrário, somos pessimistas em relação à possibilidade de uma instantânea transformação dos homens, repousando toda a nossa esperança imediata na transformação do regime, de modo a policiarmos as tendências más que uma educação materialista agravou no país. Não vamos aos excessos pessimistas de Hobbes, imaginando o Leviatã, o Estado absorvente, anulador de todas as liberdades. Conservamo-nos na linha realista, crentes de que uma obra sistemática de educação individual e da coletividade elevará a média das virtudes morais e cívicas do povo brasileiro, cuja estrutura mais íntima nos revela traços de superioridade incontestável. Essa obra de educação é que nós chamamos a “revolução espiritual” e é em razão dela que nos distinguimos tanto do Fascismo como do Hitlerismo, imprimindo um sentido profundo ao nosso movimento.

Fariseus e publicanos
Há no Evangelho uma parábola que serve para ilustrar o nosso pensamento. É a do fariseu e do publicano. Enquanto aquele vai se ajoelhar próximo ao altar, vangloriando-se de suas virtudes, da sua incorruptível maneira de cumprir a lei de Moisés, o pobre publicano ajoelha-se na porta do templo de Salomão, exclamando: “Não sou digno Senhor, de me aproximar de vós”. O Divino Mestre afirma que o publicano está no caminho da perfeição e esse é o caminho que eu indico a todos os integralistas. O primeiro ato revolucionário do integralista é assumir essa atitude humilde diante da Pátria. Em vez de viver apontando os defeitos alheios, procurar descobrir os próprios defeitos e corrigi-los. Confiar mais no gênio da raça e na inspiração de Deus do que nos seus próprios méritos. Ferir de morte a vaidade, aceitando muitas vezes o comando de um companheiro que tem uma posição social inferior à sua. Vencer a si próprio, contrariando-se, ciliciando-se a todo instante em coração e espírito, convencido de que num país onde cada qual é intransigente em relação aos seus semelhantes, não existe possibilidade de harmonia social nem de grandeza da Nacionalidade. Dominar o comodismo, a preguiça, o ceticismo, a desilusão, o cansaço, a impetuosidade, o egoísmo, o apego às glórias falazes,
convencido de que ninguém tem o direito de pretender orientar uma Pátria, quando não é capaz de governar-se a si próprio. Esforçar-se, instante a instante, na aprendizagem do domínio de si mesmo, pois é neste domínio que reside a essência da autoridade pessoal de cada um. Cultivar o amor ao seu povo e a generosidade para os que se manifestam incapazes de compreender este movimento, porque a conquista de todos os brasileiros muito depende da perseverança, da paciência, da tenacidade e serenidade dos nossos doutrinadores. Despertar em si próprio as forças do sentimento nacional porque a fusão de todas as centelhas de patriotismo de cada coração formará a fogueira que incendiará o grande coração da Pátria. Pedir a Deus coragem e paciência, fortaleza e inspiração, energia e bondade, severidade sem alarde, bravura sem ostentação, virtude sem orgulho puritanista, humildade sem indignidade e dignidade sem egolatria.

Luta subjetiva e ação objetiva
Essa é a revolução interior, a revolução espiritual. Nós sabemos que ela se processará devagar, porque estamos encharcados dos vícios de uma educação materialista, de uma educação farisaica de catonismos hipócritas em que se esfacelou uma República que confiou mais nos doutores da lei do que na realidade da Pátria e nas profundas verdades humanas. Sei que essa Revolução Espiritual durará muito tempo e o seu triunfo completo só se dará nas futuras gerações. É por isso que, paralela a essa transformação do espírito nacional, estamos acionando a Revolução Cultural. Há no Integralismo uma revolução subjetiva e outra objetiva.

Transformação do Estado
Não podemos nos cingir exclusivamente à transformação espiritual, porque temos problemas imediatos e, principalmente porque, dentro do atual regime, tudo se tornará mais difícil para atingirmos os objetivos morais que colimamos. Enquanto a revolução espiritual se processa, por assim dizer, numa progressão aritmética, a outra, a revolução cultural se opera numa progressão geométrica. Os resultados que iremos obtendo, em síntese, podem ser comparados à razão logarítmica das duas revoluções.
O problema da transformação do Estado subordina-se a uma concepção filosófica da qual decorrem as soluções dos problemas político e econômico. Partimos do princípio da autoridade moral do Estado, do conceito ético do Estado. Esse princípio se origina da própria concepção do Universo e do Homem, encarados de modo integral. A subordinação do mundo da matéria e da força ao mundo do espírito e da vontade. A síntese das concepções científica e espiritual que marcam os aspectos das filosofias da Idade Média e do século XX. Repelimos todas as unilateralidades tão características do século passado. Assim fazendo, não condenamos de um modo absoluto, os esforços prodigiosos dos pensadores, sociólogos e economistas do século XIX. Entendemos que cada corrente se colocou num ponto de vista restrito. A sociedade tem de ser encarada de um modo total, não só em relação a seus aspectos formais, porém à natureza e direção de seus movimentos. Não ficamos com aqueles que, como Spencer, subordinaram tudo à sistematização do evolucionismo darwiniano, justificando as opressões da burguesia contra os trabalhadores; nem com aqueles que, como Le Play, Ratzel, Demoulins, pretenderam ver na geografia social a única chave dos problemas políticos; nem com aqueles que, como Gobineau ou Gumplowicz, apontavam toda a solução do problema étnico no mistério dos plasmas germinativos; nem com Karl Marx, que considerou uma única face do Homem, a
face econômica, e muito menos com Adam Smith, precursor de Marx, que acreditou no dogma das leis naturais em economia; nem com Sorel que reduziu tudo a luta de classe; nem tampouco com aqueles que negaram a luta de classe. Nós, integralistas, somos homens do século XX, ao passo que os liberais, os comunistas, os reacionários de estrema direita, os socialistas timoratos, os republicanos positivistas, os cientifistas políticos são homens de uma época que se assinalou pelo sentido da análise. Vivemos hoje uma época de síntese. Quando as ciências se encontram todas no recesso do átomo, quase se confundindo a química com a astronomia, a velha verdade de Aristóteles surge do fundo da misteriosa harmonia da gravitação dos iônios, mostrando-nos em todas as expressões do Universo a diferenciação, na unidade. Essa forma de mentalidade nova abre novos horizontes aos problemas políticos. O conceito revolucionário ganha uma nova significação, como direito do Espírito e
transformação permanente do Estado, guardados os princípios do Direito Natural e objetivando o destino supremo do Homem, segundo uma concepção espiritualista da existência. O Estado passa a ser o Grande Revolucionário, falando em nome das inquietações, dos desejos, das aspirações superiores, dos sentimentos de Justiça da Nação. O Estado adquire, assim, uma autoridade nova, sobrepairando aos interesses de grupos sociais, políticos ou econômicos. O Estado passa a ser o supervisionador, o mantenedor de equilíbrios, a concretização do ideal de justiça e de liberdade, o criador dos ritmos sociais.

Consequências da nova concepção do Estado
Uma vez que o Estado se constrói de acordo com a alma de uma Nação e recebe desta o poder revolucionário, ele, o Estado, tem o direito e a autoridade suficientes para interferir com energia no campo econômico e social, político e financeiro, recompondo equilíbrios, sempre que alguns elementos da sociedade se hipertrofiem em detrimento de outros. É a atitude nova em face dos problemas. Revolução, em verdade, é mudança de atitude. Verificando que a democracia está desvirtuada por erros dos sistema; que o sufrágio universal é a maior das mentiras, a fonte de todo o caudilhismo político, o instrumento de opressão dos ricos contra os pobres; que a quantidade excessiva de partidos decorre do sufrágio e que os partidos são hoje em número tão grande(150 inscritos no Superior Tribunal Eleitoral) que só servem para anarquizar a Nação, enfraquece-la, dividi-la e alimentar a popularidade fácil de demagogos espertos; que a maior enfermidade do país é o regionalismo político, alimentado pelos partidos situacionistas e oposicionistas dos Estados, que não dão tempo aos brasileiros de pensar um pouco nos problemas gerais da Nação; que os problemas econômicos são tratados pelo critério exclusivamente regionalista, em consequência da estreita mentalidade que os partidos provincianos estão criando; que o povo brasileiro está dividido e, por isso, enfraquecido, não podendo opor-se à exploração do capitalismo estrangeiro; que os parlamentos políticos constituem um entrave às medidas de ordem econômico-financeira que só um governo forte, ético, baseado em novos princípios de economia política, poderá tomar: - o Estado Integralista terá de substituir, imediatamente, afim de salvar a verdadeira democracia das garras de oligarquias financeiras, o arcaico aparelhamento dos partidos pela organização corporativa da Nação. Cada brasileiro terá de se enquadrar dentro da sua profissão. A vontade nacional será traduzida com honestidade e realidade, no âmbito dos interesses de cada classe. Só os vagabundos ficarão de fora, pois todo homem que trabalha terá de defender seus interesses dentro da sua corporação. Estará acabada a demagogia tanto civil como militar, ambas perniciosas, ambas atentatórias dos legítimos direitos de um povo, ambas opressoras, ambas fontes do caudilhismo, das oligarquias, da politicagem mais grosseira e pretensiosa. Isto feito, a Nação estará em condições de olhar de frente os grupos financeiros internacionais, dizendo a palavra que ainda não foi dita, desde que nos amarramos ao pé da mesa dos magnatas de Londres, há mais de cem anos. O Estado Nacional Integralista poderá então iniciar a revolução da moeda, fundamental para a libertação de uma Pátria, de um povo de 40 milhões de habitantes e entravado na sua produção, no seu comércio, na incrementação de suas fontes de riqueza por um sistema absurdo que vem sendo posto em prática desde o alvorecer do século passado, com o fim exclusivo de facilitar as especulações indecentes das Bolsas, o jogo criminoso do câmbio, a elevação das taxas de juros, a escravização de todos os produtores. Longo seria expor os pormenores dessa grande revolução econômica; entretanto, estamos certos, nós, os integralistas, de que dentro do atual regime, não haverá jeito algum de solucionar-se o problema financeiro do país. Nem o problema financeiro, nem o da justiça social. A socialdemocracia, implantada no Brasil pela Constituição de Julho, nunca resolveu as questões de outros países; pelo contrário, agravou-as. A questão proletária no Brasil se entrosa com todas as outras questões de ordem econômica, financeira, ética e jurídica. Os socialistas no Brasil são da marca daqueles a que se refere Durkheim, dizendo que para eles o socialismo é apenas a questão operária. Nós, integralistas, sabemos que o caso operário no Brasil terá de ser resolvido no conjunto que forma o quadro completo dos problemas nacionais.

Visões unilaterais
Aliás, a unilateralidade é ainda um vício remanescente do século XIX, que temos de corrigir nos brasileiros. Muitos pensam que a solução do nosso caso está, por exemplo, na questão dos transportes; outros que ela está na questão do café; outros só pensam no combustível, outros julgam encontrar a chave no livre-cambismo, ao passo que outros são protecionistas. Muitos acham que a alfabetização é o único problema, outros só falam no saneamento. Alguns só pensam no quadro econômico, outros só pensam no quadro moral e religioso. Muitos reduzem tudo a uma questão de moralidade administrativa. Há os fanáticos do problema dos latifúndios como há os que só se preocupam com a organização cooperativa. Observo que a tendência geral tem sido a de subordinar as questões mais complexas a um fator único. Essa mentalidade os integralistas têm de combater, justamente porque a sua doutrina é integral. Todos os problemas se reduzem a um só: o problema do Brasil. Tudo tem de ser enquadrado num só pensamento e subordinado a uma única orientação geral e supervisionadora.

Os integralistas estudam
Orientada pelos grandes lineamentos doutrinários do Sigma, adotando um método crítico próprio e objetivando uma finalidade política preestabelecida, funciona em intensa atividade, a nossa Secretaria Nacional de Estudos. Dividimos as tarefas segundo as especialidades. Orientamos as pesquisas, o trabalho das comissões num só sentido. Em todas as Províncias funcionam as Secretarias Provinciais de Estudos, em correspondência com a Secretaria Nacional. São filósofos, sociólogos, economistas, pedagogos, técnicos, que pusemos em constante atividade, pois o nosso movimento é rico em valores culturais. É nesse setor que estamos operando a revolução da cultura, tornando cada vez mais nítida uma doutrina de Estado, criando futuros estadistas pelo recrutamento de valores novos que surgem de uma mocidade inquieta.

A disciplina
A revolução espiritual nós a realizamos nos quadros da Secretaria Nacional de Educação. Somos hoje 400.000 brasileiros que, em 1.123 núcleos que funcionam em todo o país, constituímos uma só família. Os integralistas não dizem à Nação o que costumam dizer os puritanos e os fariseus do regime, atribuindo-se virtudes super-humanas. Os integralistas exclamam: “Somos brasileiros de boa vontade. Amamos nossa Pátria, cremos em Deus, estremecemos nossas famílias. Queremos ser bons e fazemos esforço para isso. Esperamos que Deus, que pôs a sua cruz de estrelas no céu do Brasil, nos inspire cada dia e nos ajude a cultivar as virtudes cívicas”. O tempo que um integralista perderia fazendo acusações deve ser empregado fazendo exame de consciência e corrigindo as vaidades a fim de, um dia, quando tiver autoridade nas mãos, não assumir atitudes quixotescas alardeando superioridades ridículas. O integralista sabe que tudo deve dar à sua Pátria, que nada deve pedir a ela. Sabe que sofrerá injustiças, será alvo de mentiras, de injúrias e calúnias, será ridicularizado por muitos e até apontado como louco. Abrasado pela divina loucura do amor da Pátria, ele a tudo será surdo. Suportará com alegria todas as perseguições que porventura lhe façam por ser integralista. Sofrerá a agressão dos comunistas, defendendo-se, mas sem ódio, porque o comunismo é um fenômeno de dor num espírito desorientado pelos maus. Nunca deixará de cumprir uma ordem de seus superiores, desde que ela não fira os princípios cristãos em que se baseia o nosso movimento, porque uma ordem certa e discutida torna-se mais perniciosa do que uma errada e cumprida, porque esta, pelo menos, prestigia o princípio de autoridade e revela em quem obedece a um triunfo moral sobre si próprio. Quem não sabe obedecer jamais saberá comandar e o Integralismo é também uma escola de comandantes. A nossa disciplina condena todos os conchavos de bastidores com forças políticas liberais-democráticas, porque eles enfraquecem o princípio da autoridade. Nossa propaganda é a descoberto, para que não haja compromissos de ordem particular. A essência do regime que desejamos é incompatível com processos maquiavélicos. Toda a preocupação dos integralistas é formar uma grande família, presa pelos laços indestrutíveis de uma doutrina e de uma solidariedade moral profunda.

Caráter brasileiro do movimento
O que distingue o Integralismo dos movimentos nacionalistas que hoje se processam em quase todos os países do mundo é exatamente o alto sentido cultural e o profundo sentido sentimental. Cristalizando, dia a dia, uma unidade de pensamento, o Integralismo não se baseia num homem, porém num sistema de ideias. Seus alicerces, pois, são os mais sólidos possíveis. O Chefe não passa de um simples soldado, que eventualmente exprime o princípio da autoridade. Estamos realizando um movimento para séculos e não para quadriênios. Não pretendemos uma ditadura porque só os povos bárbaros toleram ditaduras, ainda quando estas venham disfarçadas em positivismos de segundo grau, em consulados militares ou comitês ou juntas de salvação pública. Não nos insurgimos contra homens, porque eles são produtos dos partidos. Os partidos são produto de um regime. O regime é produto de uma civilização. Essa civilização é produto de uma filosofia de vida. Essa filosofia de vida é produto de uma atitude de orgulho do homem. É aqui que encontramos o pivô do imenso maquinismo da economia e da política, maquinismo descontrolado, sem ritmo lógico e apenas expressivo da confusão dos espíritos no século XIX. É, entretanto, no sentimento delicado do povo brasileiro que vamos encontrar a chave com que abrimos as portas do século XX. Para compreender o movimento integralista é necessário compreender a alma brasileira e sentir os dramas universais. E essa compreensão é mais simples do que parece. Basta libertarmo-nos de nós mesmos, isto é, dos prejuízos de uma civilização desumana e de uma cultura livresca. Ser simples como a água e como a luz. Ser pobre em coração e em espírito. A lição política das nacionalidades está mais nas coisas simples e boas do que nas complicações com que o charlatanismo de um século, que entronizou o empirismo, perturbou ainda mais as almas agitadas dos povos.

www.integralismo.org.br

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