Segue abaixo, o Manifesto de Outubro, que deu origem a Ação Integralista Brasileira.
Retirado do site: www.integralismo.org.br
Manifesto de 7 de Outubro de 1932
À Nação Brasileira – Ao operariado do país e aos
sindicatos de classe – Aos homens de cultura e
pensamento – À mocidade das escolas e das
trincheiras – Às classes armadas!
I
Concepção do Homem e do Universo
Os homens e as classes, pois, podem e devem viver em harmonia. É possível ao mais modesto operário galgar uma elevada posição financeira ou intelectual. Cumpre que cada um se eleve segundo sua vocação. Todos os homens são susceptíveis de harmonização social e toda superioridade provém de uma só superioridade que existe acima dos homens: a sua comum e sobrenatural finalidade. Esse é um pensamento profundamente brasileiro, que vem das raízes cristãs da nossa História e está no intimo de todos os corações.
II
Como entendemos a Nação Brasileira
A Nação Brasileira deve ser organizada, una, indivisível, forte,
poderosa, rica, próspera e feliz. Para isso precisamos de que todos os
brasileiros estejam unidos. Mas o Brasil não pode realizar a união
intima e perfeita de seus filhos, enquanto existirem Estados dentro do
Estado, partidos políticos fracionando a Nação, classes lutando contra
classes, indivíduos isolados, exercendo a ação pessoal nas decisões do
governo; enfim todo e qualquer processo de divisão do povo brasileiro.
Por isso, a Nação precisa de organizar-se em classes profissionais. Cada
brasileiro se inscreverá na sua classe. Essas classes elegem, cada uma
de per si, seus representantes nas Câmaras Municipais, nos Congressos
Provinciais e nos Congressos Gerais. Os eleitos para as Câmaras
Municipais elegem o seu presidente e o prefeito. Os eleitos para os
congressos Provinciais elegem o governador da Província. Os eleitos para
os Congressos Nacionais elegem o Chefe da Nação, perante o qual
respondem os ministros de sua livre escolha.Como entendemos a Nação Brasileira
III
O Princípio de Autoridade
O Princípio de Autoridade
Uma Nação, para progredir em paz, para
ver frutificar seus esforços, para lograr prestígio no Interior e no
Exterior, precisa ter uma perfeita consciência do Princípio de
Autoridade. Precisamos de Autoridade capaz de tomar iniciativas em
beneficio de todos e de cada um; capaz de evitar que os ricos, os
poderosos, os estrangeiros, os grupos políticos exerçam influencia nas
decisões do governo, prejudicando os interesses fundamentais da Nação.
Precisamos de hierarquia, de disciplina, sem o que só haverá desordem.
Um governo que saia da livre vontade de todas as classes é
representativo da Pátria: como tal deve ser auxiliado, respeitado,
estimado e prestigiado. Nele deve repousar a confiança do povo. A ele
devem ser facultados os meios de manter a justiça social, a harmonia de
todas as classes, visando sempre os superiores interesses da
coletividade brasileira. Hierarquia, confiança, ordem, paz, respeito,
eis o de que precisamos no Brasil.
IV
O Nosso Nacionalismo
O cosmopolitismo, isto é, a influencia estrangeira, é um mal de morte
para o nosso Nacionalismo. Combatê-lo é o nosso dever. E isso não quer
dizer má vontade para com as Nações amigas, para com os filhos de outros
países, que aqui também trabalham objetivando o engrandecimento da
Nação Brasileira e cujos descendentes estão integrados em nossa própria
vida de povo. Referimo-nos aos costumes, que estão enraizados,
principalmente em nossa burguesia, embevecida por essa civilização que
esta periclitando na Europa e nos estados Unidos. Os nossos lares estão
impregnados de estrangeirismos; as nossas palestras, o nosso modo de
encarar a vida, não são mais brasileiros. Os brasileiros das cidades não
conhecem os pensadores, os escritores, os poetas nacionais.
Envergonham-se também do caboclo e do negro de nossa terra. Adquiriram
hábitos cosmopolitas. Não conhecem todas as dificuldades e todos os
heroísmos, todos os sofrimentos e todas as aspirações, o sonho, a
energia, a coragem do povo brasileiro. Vivem a cobri-lo de baldões e de
ironias, a amesquinhar as raças de que proviemos. Vivem a engrandecer
tudo o que é de fora, desprezando todas as iniciativas nacionais.
Tendo-nos dado um regime político inadequado, preferem, diante dos
desastres da Pátria, acusar o brasileiro de incapaz, em vez de confessar
que o regime é que era incapaz. Cépticos, desiludidos, esgotados de
prazeres, tudo o que falam esses poderosos ou esses grandes e pequenos
burgueses, destila um veneno que corrói a alma da mocidade. Criaram
preconceitos étnicos originários de países que nos querem dominar.
Desprezaram todas as nossas tradições. E procuram implantar a
imoralidade de costumes. Nós somos contra a influencia perniciosa dessa
pseudo-civilização, que nos quer estandardizar. E somos contra a
influencia do comunismo, que representa o capitalismo soviético, o
imperialismo russo, que pretende reduzir-nos a uma capitania.
Levantamo-nos, num grande movimento nacionalista, para afirmar o valor
do Brasil e de tudo que é útil e belo, no caráter e nos costumes
brasileiros; para unir todos os brasileiros num só espírito: o tapuio
amazônico, o nordestino, o sertanejo das províncias nortistas e
centrais, os caiçaras e piraquaras, vaqueiros, calús, capichabas,
calungas, paroaras, garimpeiros, os boiadeiros e tropeiros de Minas,
Goiás, Mato Grosso; colonos, sitiantes, agregados, pequenos artífices de
São Paulo; ervateiros do Paraná e Santa Catarina; os gaúchos dos
pampas; o operariado de todas as regiões; a mocidade das escolas; os
comerciantes, industriais, fazendeiros; os professores, os artistas, os
funcionários, os médicos, os advogados, os engenheiros, os trabalhadores
de todas as vias-férreas; os soldados, os marinheiros – todos os que
ainda têm no coração o amor de seus maiores e o entusiasmo pelo Brasil.
Temos de invocar nossas tradições gloriosas, temos de nos afirmar como
um povo unido e forte, que nada mais poderá dividir. O nacionalismo para
nós não é apenas o culto da Bandeira e do Hino Nacional; é a profunda
consciência das nossas necessidades, do caráter, das tendências, das
aspirações da Pátria e do valor de um povo. Essa é uma grande campanha
que vamos empreender.O Nosso Nacionalismo
V
Nós, os Partidos e o Governo
Nós, brasileiros unidos, de todas as Províncias, propomo-nos a criar
uma cultura, uma civilização, um modo de vida genuinamente brasileiros.
Queremos criar um direito público nosso, de acordo com as nossas
realidades e aspirações, um governo que garanta a unidade de todas as
províncias, a harmonia de todas as classes, as iniciativas de todos os
indivíduos, a supervisão do Estado, a construção nacional. Por isso, o
nosso ideal não nos permite entrar em combinações com partidos
regionais, pois não reconhecemos esses partidos; reconhecemos a Nação.Nós, os Partidos e o Governo
Enquanto não virmos o Brasil organizado, sem o mal dos partidarismos egoístas, o Estado Brasileiro exprimindo classes, dirigindo a Nação pelo cérebro das suas elites, não descansaremos, na propaganda que nos impomos.
A nossa Pátria não pode continuar a ser retalhada pelos governadores de Estados, pelos partidos, pelas classes em luta, pelos caudilhos. A nossa Pátria precisa de estar unida e forte, solidamente construída, de modo a escapar ao domínio estrangeiro, que a ameaça dia a dia, e salvar-se do comunismo internacionalista que esta entrando no seu corpo, como um cancro. Por isso, não colaboramos com nenhuma organização partidária, que vise dividir os brasileiros. Repetimos a frase do lendário Osório, quando escrevia dos campos do Paraguai, dizendo que não reconhecia partidos, porque eles dividiam a Nação e esta deve estar coesa na hora do perigo. Juramos, hoje, união, fidelidade uns aos outros, fidelidade ao destino desta geração. Ou os que estão no pode realizam o nosso pensamento político, ou nós, da Ação Integralista Brasileira, nos declararemos proscritos, espontaneamente, da falsa vida política da Nação, até ao dia em que formos um número tão grande, que restauraremos os nossos direitos de cidadania, e pela força desse número conquistaremos o Poder da Republica. Por isso, marcharemos através do Futuro e nada haverá que nos detenha, porque marcham conosco a consciência da Nação e a honra do Brasil.
VI
O que pensamos das conspirações e da politicagem de grupos e facções
Declaramo-nos inimigos de todas conspirações, de todas as tramas,
conjurações, conchavos de bastidores, confabulações secretas, sedições. A
nossa campanha é cultural, moral. educacional, social, às claras, em
campo raso, de peito aberto, de cabeça erguida. Quem se bate por
princípios não precisa combinar cousa alguma nas trevas. Quem marcha em
nome das idéias nítidas, definidas, não precisa de máscaras. A nossa
Pátria está miseravelmente lacerada de conspiratas. Políticos e governos
tratam de interesses imediatos, por isso é que conspiram. Nós pregamos a
lealdade, a franqueza, a opinião a descoberto, a luta no campo das
idéias. As confabulações dos políticos estão desfibrando o caráter do
povo brasileiro. Civis e militares giram em torno de pessoas, por falta
de nitidez de programas. Todos os seus programas são os mesmos e esses
homens estão separados por motivos de interesses pessoais e de grupos.
Por isso, uns tramam contra os outros. E, enquanto isso, o comunismo
trama contra todos. Nós pregamos a franqueza e a coragem mental. Somos
pelo Brasil Unido, pela Família, pela Propriedade, pela organização e
representação legítima das classes; pela moral religiosa; pela
participação direta dos intelectuais no governo da República; pela
abolição dos Estados dentro do Estado; por uma política benéfica do
Brasil na América do Sul; por uma campanha nacionalista contra a
influencia dos países Imperialistas, e, sem tréguas, contra o comunismo
russo. Nós somos a Revolução em marcha. Mas a revolução com idéias. Por
isso, franca, leal e corajosa.O que pensamos das conspirações e da politicagem de grupos e facções
VII
A questão social como a considera a Ação Integralista Brasileira
A questão social deve ser resolvida pela cooperação de todos,
conforme a justiça e o desejo que cada um nutre de progredir e melhorar.
O direito de propriedade é fundamental para nós, considerado no seu
caráter natural e pessoal. O capitalismo atenta hoje contra esse
direito, baseado como se acha no individualismo desenfreado, assinalador
da fisionomia do sistema econômico liberal-democrático. Temos de adotar
novos processos reguladores da produção e do comércio, de modo que o
governo possa evitar os desequilíbrios nocivos à estabilidade social. O
comunismo não é uma solução, porque se baseia nos mesmos princípios
fundamentais do capitalismo, com a agravante de reduzir todos os patrões
a um só e escravizar o operariado a uma minoria de funcionários cruéis,
recrutados todos na burguesia. O comunismo destrói a família para
melhor escravizar o operário ao Estado; destrói a personalidade humana
para melhor escravizar o homem à coletividade; destrói a religião para
melhor escravizar o ser humano aos instintos; destrói a iniciativa de
cada um, mata o estimulo, sacrifica uma humanidade inteira, por um
sonho, falsamente científico, que promete realizar o mais breve
possível, isto é, daqui a 200 anos, no mínimo. O que nós desejamos dar
ao operário, ao camponês, ao soldado, ao marinheiro é a possibilidade de
subir conforme a sua vocação e seus justos desejos. Pretendemos dar
meios a todos para que possam galgar, pelas suas qualidades, pelo
trabalho e pela constância, uma posição cada vez melhor, tanto na sua
classe, como fora dela e até no governo da Nação. Nós não ensinamos ao
operário a doutrina da covardia, da desilusão, do ódio, da renúncia,
como o comunismo, ou a anarquia; a doutrina da submissão, do ostracismo
inevitável, da conformação com as imposições dos políticos, como a
democracia liberal. Nós ensinamos a doutrina da coragem, da esperança,
do amor à Pátria, à Sociedade, à Vida, no que esta tem de mais belo e de
conquistável, da ambição justa de progredir, de possuir os bens, de
elevar-se, de elevar a família. Não destruímos a pessoa, como o
comunismo; nem a oprimimos, como a liberal-democracia; dignificamo-la.
Queremos o operário, com garantia de salários adequados às suas
necessidades, interessando-se nos lucros conforme o seu esforço e
capacidade; de fronte erguida, tomando parte em estudos de assuntos que
lhes dizem respeito; de olhar iluminado, como um homem livre; tomando
parte nas decisões do governo, como um ente superior. Acabados os
facciosismos, os regionalismos; organizada a Nação, participando os
trabalhadores no governo, pelos seus representantes legítimos; exercida a
fiscalização pelo Estado Integralista, sobre todas atividades
produtoras, estarão abertas as portas a todas aptidões. As classes
organizadas garantirão os seus membros, em contratos coletivos, velarão
as necessidades de trabalho ou produção de cada um, de modo a não mais
submetermos, como até agora tem sido, os que estão desempregados, às
humilhações dos pedidos de emprego, tantas vezes recebidos com desprezo
pelos a quem procuram, o que ocasiona justas revoltas. Livrar o operário
e a pequena burguesia da indiferença criminosa dos governos liberais.
Salvá-los da escravidão do comunismo. Transfigurar o trabalhador, herói
da nova Pátria, no homem superior; iluminado pelos nobres ideais de
elevação moral, intelectual e material, esses são nossos propósitos. Ao
Estado, compete a proteção de todos.A questão social como a considera a Ação Integralista Brasileira
VIII
A Família e a Nação
Tão grande a importância que damos às Classes Produtoras e
Trabalhadoras, quanto a que damos à Família. Ela é a base da felicidade
na terra. Das únicas venturas possíveis. Em que consiste a felicidade do
Homem? Nessas pequeninas cousas, tão suaves, tão simples: o afago de
uma mãe, a palavra de um pai, a ternura de uma esposa, o carinho de um
filho, o abraço de um irmão, a dedicação dos parentes e dos amigos.
Solidariedade no infortúnio, nas enfermidades, na morte, que nenhum
Estado, na sua expressão burocrática ou jurídica, jamais evitará, em
nenhum tempo. Comunhão nas alegrias, nos triunfos, nas lutas, conforto
de todos os instantes, estímulo de todos os dias, esperança de
perpetuidade no sangue e na lembrança afetuosa, eis o que é a família,
fonte perpétua de espiritualidade e de renovação, ao mesmo tempo
projeção da personalidade humana. Tirem a família ao homem e fica o
animal; façam dele a peça funcionando no Estado e teremos o autômato,
infeliz, rebaixado da sua condição superior. Que afeto, que conforto,
que consolação poderá dar o Estado a esse "ente econômico", na hora das
grandes aflições, ou na hora da morte? Quem o animará, na hora das
mágoas, que serão tão inevitáveis no regime da burocracia comunista como
em qualquer outro regime? No instante supremo, não bastam a ciência, a
vida pública, a vida social, a vida coletiva, o egoísmo individualista; é
preciso que o coração entre na vida do homem e fale essa linguagem que
não é a da compaixão de um estranho, nem a da filantropia formalista,
nem a do amparo oficial nem a de uma absurda socialização de afetos: -
mas a linguagem profunda das afinidades longamente estimuladas e
alimentadas. O Homem não pode transformar-se em uma abelha ou num
térmita. O Homem e sua família precederam o Estado. O Estado deve ser
forte para manter o Homem íntegro e a sua família. Pois a família é que
cria as virtudes que consolidam o Estado. O Estado mesmo é uma grande
família, um conjunto de famílias. Com esse caráter é que ele tem
autoridade para traçar rumos à Nação. Baseado no direito da família é
que o Estado tem o dever de realizar a justiça social, representando as
classes produtoras. Pretendemos, nesta hora grave para a família
brasileira, inscrever a sua defesa em nosso programa. É, para defender a
família do operário, do comerciante, do industrial, do fazendeiro, do
camponês, do comerciário, do médico, do farmacêutico, do advogado, do
engenheiro, do magistrado, do cientista, do artista, do professor, do
funcionário, do soldado e do marinheiro, contra a desorganização, a
prostituição e a ruína, que desejamos o Estado Forte, baseado nas forças
vivas da Nação.A Família e a Nação
IX
O Município, Centro das Famílias, Célula da Nação
O município é uma reunião de famílias. O homem e a mulher, como
profissionais, como agentes de produção e de progresso, devem
increver-se nas classes respectivas, a fim de que sejam por estas
amparados, nas ocasiões de enfermidades e desemprego. Dessa maneira, os
que trabalham e produzem estão garantidos pela sua própria classe, não
dependem de favores de chefes políticos, de caudilhos, de diretórios
locais, de cabos eleitorais. É a única maneira de se tornar o voto livre
e consciente. As classes elegem seus representantes às Câmaras
Municipais, como dissemos, e estas elegem seu presidente e prefeito.O Município, Centro das Famílias, Célula da Nação
Os municípios devem ser autônomos em tudo o que respeita a seus interesses peculiares, porque o município é uma reunião de moradores que aspiram ao bem-estar e ao progresso locais. A moralidade administrativa pode ser fiscalizada pelas próprias classes, pois o que determinava a desmoralização da Câmaras Municipais, no sistema liberal, era a politicagem, o apoio com que contavam os chefes políticos locais, dos dirigentes da política estadual. Extintos os partidos, o governo municipal repousará na vontade das classes. Dentro destas, nenhuma influência estranha poderá ser exercida, porque todos se sentem amparados pela própria classe a que pertencem. Não haverá jeito algum de se fazerem perseguições políticas, porque o governo local estará livre de injunções de homens que, morando fora do município, se metem nos seus negócios, como tem sido comum. O município, portanto, sede das famílias e das classes, será administrado com honestidade, será autônomo e estará diretamente ligado aos desígnios nacionais.
X
O Estado Integralista
Pretendemos realizar o Estado Integralista, livre de todo e qualquer
princípio de divisão: partidos políticos; estadualismos em luta pela
hegemonia; lutas de classes; facções locais; caudilhismos; economia
desorganizada; antagonismos de militares e civis; antagonismos entre
milícias estaduais e o Exército; entre o governo e o povo; entre o
governo e os intelectuais; entre estes e a massa popular. Pretendemos
fazer funcionar os poderes clássicos (Executivo, Legislativo e
Judiciário), segundo os impositivos da Nação Organizada, com bases nas
suas Classes Produtoras, no Município e na Família. Pretendemos criar a
suprema autoridade da Nação. Pretendemos mobilizar todas as capacidades
técnicas, todos os cientistas, todos os artistas, todos os
profissionais, cada qual agindo na sua esfera, para realizar a grandeza
da Nação Brasileira. Pretendemos tomar como base da Grande Nação, o
próprio homem da nossa terra, na sua realidade histórica, geográfica,
econômica, na sua índole, no seu caráter, nas suas aspirações,
estudando-o profundamente, conforme a ciência e a moral. Desse elemento
biológico e psicológico, deduziremos as relações sociais, com normas
seguras de direito, de pedagogia, de política econômica, de fundamentos
jurídicos. Como cúpula desse edifício, realizaremos a idéia suprema, a
síntese de nossa civilização: na filosofia, na literatura, nas artes que
exprimirão o sentido do nosso espírito nacional e humano. Pretendemos
criar, com todos os elementos raciais, segundo os imperativos
mesológicos e econômicos, a Nação Brasileira, salvando-a dos erros da
civilização capitalista e dos erros da barbárie comunista. Criar numa
única expressão o Estado Econômico, o Estado Financeiro, o Estado
Representativo e o Estado Cultural. Pretendemos levantar as populações
brasileiras, numa união sem precedentes, numa força jamais atingida,
numa esperança jamais imaginada. Pretendemos lançar as bases de um
sistema educacional para garantia da subsistência da Nação no futuro.
Pretendemos insuflar energia aos moços, arrancá-los da descrença, da
apatia, do ceticismo, da tristeza em que vivem; ensinar-lhes a lição da
coragem, incutindo-lhes a certeza do valor que cada um tem dentro de si,
como filho do Brasil e da América. Movimentar as massas populares numa
grande afirmação de rejuvenescimento. Sacudir as fibras da Pátria.
Erguê-la da sua depressão, do seu desalento, da sua amargura, para que
ela caminhe, dando começo à Nova Civilização, que, pela nossa força,
pela nossa audácia, pela nossa fé faremos partir do Brasil, incendiar o
nosso continente, e influir mesmo no Mundo. Para isso, combateremos os
irônicos, os "blasés", os desiludidos, os descrentes, porque nesta hora
juramos não descansar um instante, enquanto não morrermos ou vencermos,
porque conosco morrerá ou vencerá uma Pátria.O Estado Integralista
Esses são os rumos da nossa marcha!
Nenhum comentário:
Postar um comentário